quarta-feira, 30 de novembro de 2011

14ª CNS - acompanhe a conferência através do Canal Saúde


ENSP, publicada em 30/11/2011

De 30 de novembro a 4 de dezembro, acontecerá a 14ª Conferência Nacional de Saúde, que terá como tema Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro. Os debates acontecerão em torno da política de saúde na seguridade social, da participação da comunidade e controle social e da gestão do SUS (financiamento; pacto pela saúde e relação público-privado; gestão do sistema, do trabalho e da educação em saúde). O Canal Saúde/Fiocruz fará a transmissão completa da 14ª CNS.

Os interessados poderão acompanhar a distância o evento através do site ou pelo canal de TV. Trata-se do maior evento da saúde que mobiliza todo o país. Acesse desde já www.canalsaude.fiocruz.br e conheça a página criada para a transmissão. A programação especial também está disponível neste endereço.

Para assistir a partir de 1/12, basta clicar no anúncio da 14ª CNS no alto da página, à direita.

14ª Conferência Nacional de Saúde discute melhorias para o SUS


Fonte: Portal da Saúde
Evento reúne mais de quatro mil representantes dos estados e municípios para discutir desafios e propostas para a Saúde
Tem início nesta quinta-feira (01/12) a 14ª. Conferência Nacional de Saúde, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A 14ª CNS é considerada o maior evento brasileiro na área da saúde com mais de quatro mil pessoas, entre delegados e convidados. Os delegados foram eleitos em conferências estaduais e municipais, nas quais foram retiradas propostas.
Os participantes vão debater os desafios e as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovar propostas de melhorias. Embora, a abertura ocorra somente amanhã, as atividades começaram hoje (30/11), com um ato de Defesa do SUS, promovido pelos Movimentos Sociais e Mesa sobre documentário O veneno está na Mesa do cineasta Silvio Tendler, a partir das 20 horas.

Depois da abertura, na quinta-feira (dia 1/12), o presidente da 14ª. CNS, Alexandre Padilha, coordenará a Mesa Central Acesso e Acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS.  Logo depois, serão realizados ainda 11 diálogos temáticos, em que serão discutidos os desafios para efetivar a participação social, a seguridade social, o acesso universal e as políticas públicas, a relação público x privado, entre outros temas.

Durante o último dia da 14ª CNS (04/12) acontece a Plenária Final com a votação de diretrizes e propostas que devem nortear as políticas públicas para o Sistema Único de Saúde nos próximos anos.
Conferências mobilizaram gestores em todo o país
Durante sete meses municípios e estados de todo o Brasil se mobilizaram e debateram propostas para a melhoria do SUS. Ao todo 4.347 conferências municipais e 27 estaduais foram realizadas, com envolvimento de mais de 26 mil pessoas na etapa estadual.
Dentre as cinco regiões do país, a Nordeste saiu na frente em número de conferências realizadas com 92% dos municípios atingidos, sendo que Alagoas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte alcançaram todos os municípios de seus estados. Em segundo lugar, ficou a região Sul com 90% de conferências registradas. Já a região Norte ganhou a terceira posição por ter conseguido atingir nos estados do Acre, Amapá e Tocantins 100% dos municípios. No geral, os sete estados da região totalizaram um percentual de 86% de eventos efetivados.
No caso dos 466 municípios de toda a região Centro-Oeste, 367 contaram com conferências de saúde, o que representa 79% desse total. O número garantiu o quarto lugar para a região, sendo que Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram o resultado de 100% de cidades satélites e municípios atingidos.
A região Sudeste, no entanto, contou com percentuais divididos. No Espírito Santo e Rio de Janeiro, os dados são de 100% e 99%, respectivamente. Já em Minas Gerais, esse valor caiu pela metade com um registro de 50% das conferências de saúde realizadas. Em São Paulo, o resultado foi de 44%. Dos 1668 municípios de todo o Sudeste, 878 contaram com a efetivação dos eventos representando um percentual de 53% das conferências programadas.
História começou há 76anos
As Conferências Nacionais de Saúde acontecem há 76 anos. No entanto, no início o espaço era voltado somente às esferas intergovernamentais. Isso permaneceu até o reconhecimento da saúde na Constituição Federal de 1988, como um direito de todos e dever do Estado, e com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Hoje, as Conferências ocorrem a cada quatro anos e os debates giram em torno dos desafios para a legitimação do Sistema como política pública universal e para a garantia de acesso aos serviços com equidade, integralidade e melhor qualidade. A ampliação das práticas de controle social e a disposição de processos democráticos e participativos de entidades e movimentos sociais também estão no foco das discussões atuais. 
Serviço
14ª Conferência Nacional de Saúde
Data: 30/11 a 04/12
Horário das 9h às 21h
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Trágica Sátira


Fonte: O Globo

Lígia Bahia

Problemas de saúde de gente famosa, especialmente aqueles que põem à prova a abnegação, coragem e paciência dos doentes, testam simultaneamente a generosidade dos sentimentos de fãs, admiradores ou detratores, a compreensão sobre a patologia, terapia e o conhecimento sobre o sistema de saúde.  Em geral, ninguém tira nota máxima na prova, até porque alguns se interessam mais pelas reações às provações de seus afetos, outros às explicações dos especialistas ou à forma e qualidade do atendimento.  O adoecimento e tratamento do ex-presidente Lula também gerou várias narrativas a partir do mesmo evento.  A exceção à regra, na divulgação do episódio, foi o tom e conteúdo da polêmica sobre o atendimento ou não no SUS.  Tamanha foi a estridência do debate que os sentidos do SUS, quer como idéia abstrata de política universal, quer como serviços de saúde a serem utilizados ou não, ficaram mais nítidos.  Do ressentimento mesquinho de opositores, cuja experiência concreta de uso e adesão aos valores do SUS é no mínimo muito incipiente, restou um legítimo desafio político e ético. A pergunta que não pode mais ser contornada é: desistimos, na prática, da construção de um sistema universal de saúde?  Estamos rumando a passos largos para um sistema de saúde similar ao da África do Sul, onde 16% da população que tem plano de saúde consome 60% do total das despesas com saúde, ou não?  
O que diferencia o Brasil de países em desenvolvimento com economias ascendentes não é a posse de poucos hospitais de excelência.  Tal como ocorre por aqui unidades hospitalares bem equipadas e dotadas de corpo clinico de universidades prestigiosas não são apenas templos luxuosos e exclusivos de tratamento para celebridades políticas e artísticas. Desempenham objetivamente uma importante função na interligação entre profissionais de saúde com os centros internacionais de produção de conhecimento e em termos de atualização tecnológica.  Alguns desses hospitais  integram o circuito do turismo médico,  no qual os preços de cirurgias plásticas, cardiológicas, ortopédicas, e de fertilização, entre outros procedimentos, podem ser cotados em diversos países tais como Brasil Índia, México e Tailândia. 

ENCONTRO PARA DISCUSSÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

Fonte: COSEMS/SP 

Considerando a importância epidemiológica que ocupam atualmente os Transtornos Mentais e a discussão sobre Políticas Públicas para atenção aos usuários de álcool e outras drogas, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo COSEMS/SP, convida para encontro com o coordenador da Área de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori Kinoshita, no dia 7 de dezembro de 2011, das 9:00 às 13:00 horas, na cidade de São Paulo, para apresentação, seguida de debate com os presentes, da Política Nacional de Saúde Mental.

Embora não haja necessidade de inscrição prévia, para efeito da organização do evento solicitamos a gentileza de confirmar sua presença, enviando nome dos participantes para o email cosemssp@saude.sp.gov.br até o dia 30/11.

Contamos com sua presença e de sua equipe!


Oficina sobre Rede de Atenção em Saúde Mental, no dia 07/12/2011, das 09:00 às 13:00 horas:
Local: Auditório da UNINOVE 

Endereço: Av. Francisco Matarazzo, nº 364 – Barra Funda

Atualização: via COSEMS/SP


Comunicamos o cancelamento do Encontro para discussão da Política Nacional de Saúde Mental, no próximo dia 07 de dezembro.

Lamentavelmente, houve uma sobreposição de agenda do Dr. Roberto Tykanori, que no mesmo dia estará participando do lançamento, pela Presidenta Dilma, do Plano de Enfrentamento ao Crack.

Reagendaremos novo Encontro no início de 2012, que será informado tão logo tivermos confirmação de data.

Contamos com a compreensão de todos.


DIRETORIA DO COSEMS/SP


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sudeste apresenta redução na incidência de aids


Da Agência Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/MS


O número de casos em cada 100 mil pessoas na região caiu de 19,2 em 2009 para 17,6 em 2010. Índice nacional foi mantido estável no período


O investimento do Sistema Único de Saúde na prevenção e na ampliação da testagem e do acesso ao tratamento antirretroviral, além da capacitação dos profissionais de saúde, mantém sob controle a epidemia de aids no Brasil. É o que mostra o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde. Na região Sudeste, por exemplo, a taxa de incidência da doença sofreu redução.

O número de casos notificados em cada grupo de 100 mil pessoas na região caiu de 19,2 em 2009 para 17,6 em 2010. Neste mesmo intervalo de tempo, a incidência em São Paulo passou de 18,1 para 15,9. No Rio de Janeiro, os casos de aids notificados por 100 mil habitantes foi de 30,8 em 2009, contra 28,2 no ano seguinte.

De acordo com o boletim, a prevalência (estimativa de pessoas infectadas pelo HIV) da doença permanece estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18.8/100 mil habitantes em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010.

Debate: DROGAS, REDUÇÃO DE DANOS E SAÚDE

Mesa de Estudos e Debates:
DROGAS, REDUÇÃO DE DANOS E SAÚDE

Data: 07/12 (quarta-feira)
Horário: 09h30 às 12h30
Local: Auditório do IBCCRIM – Rua Onze de Agosto, 52, 2º andar – Centro – São Paulo – SP
Inscrições: gratuitas
Informações: mesas@ibccrim.org.br ou (11) 3111-1040, ramais 156 e 178
Participe à distância: Para assistir ao evento, ao vivo e on-line, acesse em 07/12/2011itv.netpoint.com.br/ibccrim

Expositores:
Fabio Mesquita
- Doutor em Saúde Pública pela USP;
- Chefe da Equipe de Controle de HIV/AIDS da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Vietnã;
- Pesquisador visitante da Faculdade de Medicina da Universidade de SãoPaulo.

Bruno Ramos Gomes
- Graduado em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie;
- Coordenador e presidente do Centro de Convivência É de Lei, que atua junto aos usuários de crack no centro de São Paulo;
- Mestrando na Faculdade de Saúde Pública da USP;
- Psicólogo Clínico e Acompanhante Terapêutico.

Presidente de Mesa: Cristiano Avila Maronna

Resumo:
A discussão a respeito da política de drogas no Brasil continua sendo uma pauta importante nos meios de comunicação e na sociedade em geral. Neste sentido, tem ganhado cada vez mais visibilidade a questão da dependência do crack, as estratégias de tratamento e a polêmica em torno da internação involuntária. Atento ao assunto, o IBCCRIM, com o apoio do Coletivo DAR, promoverá no dia 7 de dezembro de 2011, a partir das 10h, a mesa de estudos e debates “Drogas, redução de danos e saúde”, com a participação de dois dos mais importantes especialistas na matéria: Fabio Mesquita e Bruno Ramos Gomes.

PARTICIPE DO DEBATE SOBRE A CRIAÇÃO DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES


O Sindicato dos Médicos de São Paulo convida para a exposição do deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE) sobre o Projeto de Lei da Câmara 79/11, do Executivo, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Em seguida, haverá um debate sobre o tema. Será no dia 5 de dezembro, às 20 horas, na sede do Simesp, à Rua Maria Paula, 78, 1º andar.
Sobre o Projeto. A empresa terá como objetivo administrar os hospitais universitários federais e regularizar a contratação de pessoal das unidades, atualmente feita pelas fundações de apoio das universidades. O projeto, aprovado no dia 26 de outubro pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, como PLC 79/11, já havia sido aprovado por 240 votos a favor e 112 contrários na Câmara dos Deputados em setembro, quando tramitava como PL 1.749/11. A Federação e os Sindicatos de Trabalhadores em Educação têm se posicionado contra por acreditarem que significa uma privatização do setor. Na opinião do deputado federal Rogério Carvalho, que presidiu a comissão especial criada na Câmara para analisar o projeto, a criação da Empresa Brasileira para Serviços Hospitalares irá trazer benefícios para o setor, substituindo empresas de caráter privado que vem gerindo os recursos na área. “Essas empresas contratam sem licitação, sem concurso público. Com a criação dessa empresa, traremos transparência para o processo. Teremos concurso público e vamos fiscalizar mais de perto a aplicação de recursos”, considera.
Sobre o deputado federal Rogério Carvalho. Eleito deputado federal por Sergipe para o mandato de 2011 a 2015, presidiu a comissão especial criada na Câmara dos Deputados para analisar o projeto. É médico formado pela Universidade Federal de Sergipe, tem residência médica, especialização, mestrado e doutorado pela Unicamp-SP. Foi secretário municipal de saúde de Aracaju, entre 2001 e 2006, e secretário estadual de saúde de Sergipe, entre 2007 e 2010. Também foi deputado estadual em Sergipe, de 2007 a 2011. Já presidiu o Sindicato dos Médicos de Campinas, entre 1997 e 2000; e a Federação dos Médicos do Estado de São Paulo, de 1999 a 2000.

Data: 5 de dezembro
Horário: 20 horas
Local: Rua Maria Paula, 78, 1º andar

Organização: SIMESP
Promoção: SIMESP E SINDSAÚDE

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Especialização em Direito e Saúde: inscrições estão abertas


ENSP, publicada em 23/11/2011


Estão abertas, até 18 de janeiro de 2012, as inscrições para o curso de especialização em Direito e Saúde da ENSP/Fiocruz. O objetivo é promover a construção do conhecimento no campo do Direito e Saúde, desenvolvendo competências gerais e específicas por meio da compreensão dos conteúdos programáticos, além de desenvolver o processo de educação, formação e aperfeiçoamento dos profissionais das Ciências da Saúde e Ciências Jurídicas, visando criar no aluno uma compreensão geral sobre a área do Direito e Saúde.

O curso, coordenado por Maria Helena Barros de Oliveira e Renato José Bonfatti, é destinado a 35 profissionais da área de saúde e direito, vinculados aos Órgãos Públicos e Privados, relacionados com a área do Direito e da Saúde. Com carga horária total de 500 horas, será ministrado às segundas e terças-feiras, das 9h às 12h e das 13h às 17h, e às quartas-feiras, das 9h às 12h, a cada 15 dias.

Confira aqui o edital completo.

Especialização em Vigilância Sanitária - inscrições abertas


ENSP, publicada em 24/11/2011

Estão abertas, até o dia 18 de janeiro de 2011, as inscrições para o curso de especialização em Vigilância Sanitária, que tem por objetivo formar especialistas capazes de identificar, analisar e intervir nos problemas que se apresentam no campo da vigilância sanitária, considerando o contexto da saúde pública e a necessidade de transformação das práticas para o alcance de maior efetividade das ações. Pretende, ainda, contribuir para o desenvolvimento de atitudes necessárias ao desempenho ético da vigilância sanitária de forma complementar, habilitando-o para atuar nos diversos níveis do sistema.

O curso, coordenado pelas pesquisadoras Lenice Gnocchi da Costa Reis e Marismary Horsth De Seta, oferece 35 vagas para profissionais graduados, inseridos ou não nos serviços de vigilância. Com carga horária total de 480 horas, será ministrado às segundas, terças e quartas-feiras, em horário integral.

Confira aqui o edital completo.

Univap Debate a Criação da Região Metropolitana: Perspectivas de Planejamento Urbano e Regional

A Univap por meio do Programa de Mestrado em Planejamento Urbano e Regional realiza no próximo dia 1º de dezembro, a partir das 9 horas, no Centro de Planejamento e Desenvolvimento da Educação (Ceplade), no Campus Urbanova, em São José dos Campos, o III Seminário em Planejamento Urbano e Regional, que este ano propõe o debate sobre a criação da Região Metropolitana (RM).

A criação da Região Metropolitana (RM) do Vale do Paraíba é um amplo consenso em setores da mídia, dos parlamentares da região e no governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, com o Projeto de Lei encaminhado à Assembleia Legislativa, para ser analsiado em caráter de urgência, dia 4 de novemb ro de 2011, pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin.

O Seminário busca algumas reflexões a respeito da RM sob vários aspectos e contará com a participação de renomados especialistas da área, entre eles, a Drª. Diana Meirelles da Motta - Diretora de Gestão de Projetos - Empresa Paulista de Desenvolvimento Metropolitano (Emplasa); Prof. Dr. Jeroen Johannes Klink - Universidade Federal do ABC – São Paulo; Prof. Dr. Pedro Dimitrov - Observatório de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo da Fundação de Desenvolvimento Administrativo – Fundap/SP; Prof. Dr. Roberto Luiz do Carmo - Núcleo de Estudos de População da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Profª. Drª. Ermínia Maricato – Docente Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), além de toda equipe de pesquisadores em Planejamento e Regional do Programa de Pós-Graduação da Univap.

Para participar do evento que é gratuito e aberto ao público, os interessados deverão fazer a sua inscrição pelo site: http://www.univap.br/seminariopur

O Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Univap, em São José dos Campos, interior de São Paulo, constitui um dos poucos cursos existentes no Brasil voltados a essa temática, imprescindível para o desenvolvimento sustentado. Articulado como conjunto interdisciplinar concentra-se na reflexão crítica sobre o processo de produção do espaço urbano e regional da sociedade contemporânea.

Ao longo do desenvolvimento de seu extenso rol de pesquisas foi um dos pioneiros a utilizar instrumentos metodológicos das áreas de geoprocessamento e de sensoriamento remoto como recurso para agilizar a obtenção de dados e imagens de modo compatível à velocidade da dinâmica urbana e regional das cidades capitalistas. O Programa visa o desenvolvimento de investigações científicas, de atividades acadêmicas e de difusão científica e tecnológica na área de concentração em Processos Sócio-Espaciais e Ambientais.

Inscrições: http://www.univap.br/seminariopur/
Informações: seminariometropole@univap.br

Assembleia da Saúde, amanhã, 25/11

Os trabalhadores estaduais da saúde realizarão assembleia geral amanhã,
25/11, às 10 horas, na Quadra dos Bancários, rua Tabatinguera, 192 (próximo
ao Metrô Sé).
Estão na pauta da Assembleia avaliação da campanha salarial de 2011,
abertura do X Congresso do SindSaúde-SP e compra da nova sede.
Em outubro foi aprovado na Assembleia Legislativa projeto de reestruturação
da carreira da área técnica da saúde que representará reajuste salarial
entre 13% e 19% para a maioria das categorias da saúde, porém falta o
governador sancionar a lei. E o projeto que propõe reajuste de 7% para os
administrativos da saúde aind a não foi votado.
Por isso um dos indicativos para discussão na Assembleia de amanhã será a
paralisação.


Contatos

Benedito Augusto de Oliveira - Presidente do SindSaúde-SP - (11) 9247-5693
Mauri Bezerra - Secretário de Imprensa e Divulgação - (11) 9247-5797
Bete Ueta - Assessora de Imprensa - (11) 9247-5769
Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo -
SindSaúde-SP - www.sindsaudesp.org.br

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Formação em Saúde Pública: perspectivas e participação


Fonte: ENSP, publicada em 23/11/2011
Tatiane Vargas


Para debater a formação em Saúde Pública e as perspectivas para o campo, a ENSP recebeu seus docentes e discentes e de outras instituições no 1° Encontro dos Pós-Graduandos da ENSP/Fiocruz, na segunda-feira (21/11). O evento discutiu, entre outros assuntos, a atual situação dos programas de pós-graduação da Escola e promoveu um debate entre os estudantes sobre o papel do profissional de saúde. O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, que participou da mesa de abertura, destacou que esse tipo atividade reúne todos os fatores para se tornar uma tradição na Escola. "A iniciativa é muito bem-vinda, e esperamos que ela se torne institucional", afirmou o diretor. Na ocasião, foi criado o Fórum dos Pós-Graduandos da ENSP, como um espaço transdisciplinar de integração, diálogo e ação permanente.



Após a solenidade de abertura, que contou ainda com a presença da vice-diretora de Pós-Graduação da ENSP, Maria Helena Mendonça, e do doutorando em Epidemiologia em Saúde Pública e membro da comissão organizadora do evento, David Soeiro, teve início a roda de debates O SUS para além do SUS: por uma outra concepção de educação para a saúde. A atividade, realizada no formato de dinâmica participativa, quando todos os participantes puderam se pronunciar, teve a participação do professor da ENSP Carlos Otávio Fiúza Moreira, da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia, do professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Túlio Franco e da ex-mestranda da ENSP Nidilaine Dias. A roda de debates foi mediada pela doutoranda em Saúde Pública da ENSP Juliana Kabad - também membro da comissão organizadora do 1° Encontro dos Pós-Graduandos da ENSP/Fiocruz.


Reforma Psiquiátrica Ameaçada

Documento produzido no III Encontro Nacional da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila).


À COMISSÃO INTERGESTORA TRIPARTITTE (CIT)

ASSUNTO: Reforma Psiquiátrica Ameaçada

Nós, da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA), temos acompanhado atentos e preocupados o debate que se processa no interior do governo Dilma sobre as medidas a serem adotadas para o cuidado dos usuários de crack, álcool e outras drogas. É visível o embate interno ao governo relativo à possibilidade de incorporação das chamadas “comunidades terapêuticas” como um recurso do Sistema Único de Saúde passível inclusive, de ser financiado diretamente pelo governo federal.
Tal condição associa-se ao absurdo debate em torno das internações compulsórias de usuários de crack, álcool e outras drogas, posição que, apesar de ser sistematicamente rechaçada pelos equívocos jurídicos e assistenciais que comporta, vem, reiteradamente, sendo reintroduzida com muita força.

Identificamos como ponto de sustentação das propostas apresentadas pelo governo federal, a articulação existente entre a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, setores religiosos que se expressam no Congresso Nacional e as Federações das comunidades terapêuticas  que são patrocinadoras do projeto político da Ministra,  senadora eleita pelo Paraná.

Entendemos que o triunfo desta perspectiva representa um retrocesso na política da Reforma Psiquiátrica e uma ameaça para o SUS, num momento em que o próprio governo se vê inundado por crises invariavelmente relacionadas com a malversação de fundos públicos e a corrupção gerada por modos de relação promíscuos, via transferência de dinheiro público para organizações não-governamentais. Reconhecemos que a legitimidade social das comunidades terapêuticas advém de sua condição de serem empreendimentos autônomos, geradas por iniciativas da sociedade no vácuo de respostas públicas para os usuários de álcool e outras drogas por parte do Estado.

A inclusão das comunidades terapêuticas no campo da saúde violará o SUS e a Reforma Psiquiátrica em seus princípios e objetivos e o que é pior, reintroduzirá a segregação como modo de tratamento, objetivo oposto ao que orienta os serviços substitutivos, resgatando no mesmo ato a cruel face de objeto mercantil para o cuidado em saúde, ao privatizar parte dos recursos assistenciais.

Que a escolha por uma comunidade terapêutica e pela supressão dos direitos de cidadania seja a opção de alguns é algo que só pode ser respeitada no plano da decisão individual, mas jamais como oferta da política pública e resposta do Estado à sociedade.

A questão que se coloca hoje, com o confuso, parcial e precipitado debate sobre as drogas, convoca-nos à urgente mobilização em defesa do SUS e da Reforma Psiquiátrica, ameaçados, neste momento, pelo envio, por parte do Ministério da Saúde, à Comissão Intergestora Tripartite (CIT), de proposta de portaria que inclui as comunidades terapêuticas como serviços integrantes da rede de atenção psicossocial.

Apelamos à CIT que não aprove estas portarias ministeriais até que o governo federal estabeleça um diálogo com as entidades que têm se pronunciado contrários a esta forma de se pensar e fazer política. Que se aguarde a Consulta Pública, estratégia gestada pela Secretaria Geral da Presidência da República, onde todos poderão opinar e construir coletivamente uma política para os usuários de álcool e outras drogas e não apenas as Federações de Comunidades Terapêuticas, únicas entidades recebidas pela Presidenta Dilma.

Nossa posição não é sustentada em interesses particulares nem em preferências. É coerente cm a ampla mobilização social em todo o país que resultou na IV Conferência Nacional de Saúde Mental-Intersetorial, fórum que foi claro e decidido neste ponto: comunidades terapêuticas não cabem no SUS, como também não cabem internações compulsórias. O tratamento dos usuários de álcool e outras drogas, incluído neste conjunto o crack, deve seguir os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica, sendo também este o caminho a ser trilhado pelo financiamento: a ampliação da rede substitutiva.


III ENCONTRO NACIONAL DA RENILA
Goiânia, 17 a 20 de Novembro de 2011.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde




Veja a Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde, elaborada durante a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, em outubro.
Em espanhol: http://bit.ly/tpwET7

ENSP começa a construir sua política de acesso aberto


ENSP, publicada em 22/11/2011

"O acesso ao conhecimento, de forma livre, gera produção de conhecimento e esse é o pilar desta política", afirmou o doutor em Direito Civil pela Uerj e consultor da ENSP/Fiocruz para acesso aberto, Allan Rocha de Souza, durante apresentação no Seminário Acesso Aberto ao Conhecimento, realizado nesta terça-feira (22/11), na ENSP. O segundo convidado do evento, Eloy Rodrigues, pesquisador da Universidade do Minho, em Portugal, ressaltou que "os repositórios científicos de acesso aberto são fundamentais para ampliar a visibilidade da investigação produzida por uma instituição". Ambas as exposições contribuem para a discussão político-institucional que vem sendo realizada na Escola e que resultará na construção da política de informação baseada nos princípios do acesso aberto na ENSP.

Esse é o segundo seminário que a ENSP realiza para debater o acesso livre ao conhecimento científico. O primeiro ocorreu em abril deste ano, na abertura do ano letivo, e reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir questões como os impactos do acesso livre na produção acadêmica, as mudanças na comunicação da divulgação científica e a inovação no ensino. Agora, a Escola discute o processo institucional que resultará na adoção de uma política institucional de informação baseada nos princípios do acesso aberto na ENSP. Esse processo foi iniciado a partir do primeiro seminário, com a criação de uma comissão interna para propor diretrizes para a política. O papel da comissão é elaborar normas administrativas que regulem e garantam o acesso livre à produção intelectual da Escola. Nesta tarde de 22/11, a comissão está reunida com os expositores convidados em uma oficina de trabalho na qual começará o desenvolvimento dessa política para a instituição.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

I Simpósio Internacional de Epidemiologia e Saúde Ambiental e I Workshop Internacional de Saneamento Ambiental, na FSP USP - 12 a 16/12/2011


Fonte: FSP/USP

O Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP realizará o I Simpósio Internacional de Epidemiologia e Saúde Ambiental e I Workshop Internacional de Saneamento Ambiental, na FSP USP.
Data: 12 a 16/12/2011
Local: FSP/USP - Av. Dr. Arnaldo, 715 - Auditório João Yunes. - Cerqueira Cesar (Próximo a Estação Clínicas do Metro).
 
  • Veja aqui a programação:
  • Acesse aqui a ficha de inscrição:

O evento é gratuito.

Mais informações: siesa@saude.sp.gov.br 

domingo, 20 de novembro de 2011

Leia a transcrição da entrevista de Alexandre Padilha à Folha e ao UOL


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), participou do programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação ocorreu em 17.nov.2011 no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.
Leia a transcrição da entrevista e assista ao vídeo na íntegra:

´

Narração de abertura: O ministro da Saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha, tem 40 anos. É médico formado pela Unicamp, a Universidade Estadual de Campinas.

Filiado ao PT, Padilha nunca ocupou cargo eletivo. Participou das campanhas de Lula à Presidência da República em 89 e em 94 e da campanha de Dilma em 2010.
No governo Lula, foi subchefe de Assuntos Federativos e ministro de Relações Institucionais. Com Dilma, foi indicado para a pasta da Saúde.

Folha/UOL: Olá internauta. Bem-vindo a mais um “Poder e Política Entrevista”.

Este programa é uma parceria do jornal Folha de S.Paulo, do portal UOL e da Folha.com. A gravação é sempre aqui no estúdio do Grupo Folha em Brasília.
O entrevistado desta edição é o o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Folha/UOL: Ministro, muito obrigado por sua presença aqui. Eu começo perguntando: o seu ministério anunciou muito programas neste ano [2011], quando o sr. acha que terá resultados concretos dos programas anunciados neste ano como SOS Emergência, Melhor em Casa, Rede Cegonha, entre outros?

Alexandre Padilha: Em alguns dos programas nós já temos resultados muito imediatos. O primeiro programa lançado pelo Ministério da Saúde, inclusive foi o primeiro compromisso da presidenta Dilma durante a campanha a ser cumprido pelo seu governo foi o programa Saúde não tem Preço, que colocou remédio de graça para a hipertensão e diabetes na farmácia popular. Quando nós começamos esse programa em janeiro, nós tínhamos cerca de um milhão de 200 mil pessoas que acessavam a farmácia popular. Nós tivemos um aumento em relação a hipertensos e diabéticos de quase quatro vezes o número de pessoas que passaram a ter acesso a medicamentos. Nós tínhamos naquela época 15 mil farmácias populares. Nós temos agora 21.500 farmácias populares. E uma meta que o ministério tinha, que era ampliar esse programa para os municípios de extrema pobreza, exatamente dialogando com o Brasil Sem Miséria, que era a meta de chegar a 70% dos municípios do Brasil Sem Miséria, ou pelo menos uma farmácia popular em janeiro de 2012. Nós alcançamos essa meta em agosto desse ano.

Cesáreas superam partos normais pela primeira vez no país




Em 2010, 52% dos partos no Brasil foram cirúrgicos; em hospitais privados, taxa é de 82%, na rede pública, 37%
Dificuldade de achar leitos em hospitais e menor remuneração para parto normal explicam a tendência


ANTONIO GOIS

DENISE MENCHEN
DO RIO/ Folha de São Paulo



Pela primeira vez, o Brasil registrou mais cesarianas do que partos normais. Tabulações feitas pela Folha no DataSUS, sistema do Ministério da Saúde, mostram que o percentual de partos cesáreos chegou a 52% do total em 2010. Em 2009, eles já tinham se igualado aos normais.
A Organização Mundial da Saúde recomenda uma taxa em torno de 15%. A cirurgia, quando bem indicada, traz benefícios à gestante e ao recém-nascido, mas, quando feita indiscriminadamente, pode elevar os riscos para a mãe e para o feto.
Como o parto é marcado com antecedência, ele pode ocorrer antes do tempo adequado, levando o bebê a ter problemas associados à prematuridade.
"Esse é o grande perigo do aumento das cesáreas. Mesmo com todos os exames, a medicina não é uma ciência exata", diz o coordenador da Câmara Técnica de Parto Normal do CFM (Conselho Federal de Medicina), José Fernando Maia Vinagre.
No país, o grande número de cesarianas é puxado pelo setor privado, em que cerca de 80% dos partos são cirúrgicos desde 2004. Mas é no SUS que essa taxa está aumentando: passou de 24% para 37% na década passada.
EPIDEMIA
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, diz que o aumento é preocupante e que os atuais patamares de cesáreas são inaceitáveis, chegando a níveis "escandalosos" no setor privado. Ele classifica as altas taxas como uma epidemia.
Segundo ele, está havendo uma contaminação do SUS pelo setor privado. "Entre 70% e 80% dos médicos estão nos dois sistemas e eles transportam práticas da rede particular para o SUS."
Outro motivo que ele aponta para o crescimento é a deterioração da formação médica na década passada. "Milhares de estudantes se formam sem ter feito parto normal", diz o secretário.
Magalhães cita fatores econômicos e culturais para a elevação das cesáreas. A maior inserção feminina no mercado de trabalho, por exemplo, tem levado mulheres a optar pela comodidade de marcar data e horário do parto até na rede pública.
José Fernando Maia Vinagre, do CFM, diz ainda que muitas pacientes do SUS podem estar se mirando no exemplo das classes mais altas ao escolher a cirurgia. "Na saúde suplementar, o natural passou a ser o parto cesáreo", afirma.
Ele diz também que o número elevado de cesáreas no setor público pode estar relacionado a problemas no pré-natal. "Se o pré-natal for malfeito, o médico só vai detectar eventuais problemas na hora do parto e pode acabar optando pela cesárea."
Uma das apostas do governo para diminuir as cesarianas no SUS é a ampliação de centros de parto normal, unidades criadas só para esse fim. Hoje, são 25 no país. A meta é ter mais 250 até 2014.
REMUNERAÇÃO
Na saúde privada, há outros fatores que explicam o alto número de cesarianas. Um deles é a remuneração do obstetra e da equipe em partos normais pelos planos de saúde, considerada insuficiente pelos profissionais.
"O trabalho de parto, especialmente do primeiro filho, pode durar até 12 horas. Já na cesárea, o médico escolhe o horário mais conveniente e, em uma hora e meia, já está liberado. Alguns planos até remuneram melhor o parto normal do que a cesárea, mas mesmo assim não compensa", diz Vinagre, do CFM.
Outro problema é a dificuldade de encontrar leitos em maternidades quando a gestante entra em trabalho de parto -fica mais fácil marcar a cirurgia com antecedência.
Os custos, porém, costumam ser maiores, já que a recuperação da mãe é mais lenta e, nos casos em que o bebê nasce prematuro, são comuns as internações em UTI.




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lei aprovada reabre polêmica sobre 'dupla porta' em hospitais paulistas


Fonte: Folha de São Paulo


Hospital das Clínicas é transformado em autarquia especial e incorpora instituto do câncer
Para críticos, quem tem plano de saúde será privilegiado; governo diz que medida ajuda a financiar sistema


TALITA BEDINELLI
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO


A Assembleia Legislativa aprovou anteontem projeto que transforma o Hospital das Clínicas em autarquia especial -com mais flexibilidade para contratar funcionários e aumentar os salários.
O projeto enfrentou críticas de opositores que acreditam que ele poderá aumentar a "dupla porta" no hospital e estendê-la para o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de SP Octavio Frias de Oliveira), que hoje atende só o SUS.
Segundo eles, a "dupla porta", sistema que diferencia o atendimento de quem tem plano de saúde, prejudica os que dependem do SUS.
Há, por exemplo, forma diferenciada de marcação de consultas; quem têm plano passa na frente dos demais.
O governo de São Paulo nega que haja essa intenção. Mas o superintendente do HC, Marcos Koyama, defendeu em entrevista à Folha, em maio, a "dupla porta".
Para ele, o atendimento a pacientes com convênio ajuda a financiar o atendimento dos que dependem do SUS.
O HC já tem "dupla porta" em algumas unidades, como o Incor (Instituto do Coração). Esse tipo de atendimento representa 3% do total. O superintendente disse, na época, que queria subir para 12%.
Os críticos do projeto aprovado anteontem dizem que o problema está no texto genérico, segundo o qual a receita do HC poderá vir de "convênios e contratos" e de "recursos celebrados com a iniciativa pública e/ou privada".
Para Gilson Carvalho, sócio-fundador do Instituto de Direito Sanitário Aplicado, isso abre margem para a realização de contratos de prestação de serviços com planos.
O secretário de Estado de Saúde, Giovanni Guido Cerri, disse que já há entendimento jurídico que permite ao HC atender pacientes de planos e que não há motivo para fazer outra lei para isso.
ICESP
Outro problema apontado na nova legislação é que ela transforma o Icesp em unidade do Hospital das Clínicas. Isso poderia autorizar o instituto a atender convênios como as outras unidades do HC.
O secretário garantiu ontem que isso não acontecerá porque o Icesp continuará a ser gerido por sistema de OS (Organização Social de Saúde) e a Justiça proibiu que unidades geridas nesse sistema atendam a convênios.
Para o promotor Arthur Pinto Filho, incluir o Icesp foi uma forma de o governo "burlar a decisão judicial". "É uma insistência para se vender leito público para planos de saúde", afirma.
Em julho, o governo regulamentou lei que destinava 25% dos leitos de unidades geridas por Organizações Sociais de Saúde para planos. Mas a Justiça proibiu sua aplicação.
Em outubro, o projeto que transforma o HC em autarquia especial e agrega o Icesp ao hospital, de 2006, voltou a tramitar na Assembleia.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que "não tem nada a ver o projeto de autarquia especial com a questão de dupla porta".
"A autarquia especial possibilita ao HC mais agilidade para contratar, pagar salários de mercado." Ele afirmou que sancionará o projeto, mas não deu uma data para isso. Depois, o projeto ainda terá que ser regulamentado.
Colaborou RAFAEL ITALIANI, do "Agora"


FRASES
"É desculpa que o governo usou para aprovar projeto que substitui a lei da venda de 25% dos serviços [para planos] (...) Tira dos pobres para dar aos ricos"
ADRIANO DIOGO
deputado estadual pelo PT
"Eu garanto que não temos nenhuma intenção de tirar o Icesp do regime de OS [para atender convênios médicos]"
GIOVANI GUIDO CERRI
secretário estadual da Saúde

Paciente com câncer é quem mais vai à Justiça contra planos

Fonte: Folha de São Paulo


Doença motiva 36% dos processos no Estado de SP por negativa de cobertura em tratamento, aponta pesquisa
Procedimentos como quimioterapia estão entre os mais negados; operadoras dizem que cumprem as normas


TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

A comerciante Márcia Rasmussen Ramos, 59, pagou por mais de dez anos seu plano da SulAmérica sem utilizá-lo.
Até que em 2007, detectou um câncer no seio e ouviu da empresa que a radioterapia prescrita pelo médico não seria paga, pois não estava no rol de coberturas obrigatórias da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Ela teve que recorrer à Justiça e, de posse de uma liminar, garantiu o tratamento.
Um levantamento do pesquisador Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da USP, mostra que o que aconteceu com Márcia não é incomum.
Pacientes com câncer, normalmente submetidos a tratamentos mais caros, são os que mais movem ações judiciais contra as operadoras de saúde no Estado de SP.
Ele analisou 782 ações relacionadas à negativa de cobertura julgadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de SP em 2009 e 2010.
Das 596 que identificavam a doença excluída, 218 (36%) eram relativas a câncer.
Doenças do aparelho circulatório, maior causa de óbito, apareceram com 19,46%.
Quimioterapia e radioterapia são o grupo de procedimentos mais negado, seguido das cirurgias (incluindo todas as outras doenças).
São casos como o de uma mulher que teve as sessões de quimioterapia interrompidas antes de o tratamento acabar, para que o plano avaliasse se estavam "surtindo efeito".
A conduta foi considerada abusiva pela Justiça, que deu ganho de causa à usuária.

Seminários-Oficinas de Organização e gestão de Serviços de Saúde

Entre os dias 21 a 23 novembro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) realizará em São Paulo o seminário “Organização e Gestão de Serviços de Saúde em Países Desenvolvidos (com ênfase em APS): estrutura, processo e resultado, que terá como coordenadores os médicos generalistas espanhóis, Juan Gérvas e Mercedes Péres Fernández. Divido em seis oficinas com duração de quatro horas cada, os participantes poderão vivenciar as discussões de forma prática, com a apresentação de casos práticos. 
Confira aqui a descrição das atividades, o conteúdo programático e os objetivos do Seminário.

SP: funcionários pintam muro de hospital

O mutirão apagou o muro que havia sido pichado com frases de preconceito


Fonte: Band


Funcionários do hospital estadual Emílio Ribas fizeram um mutirão e pintaram o muro - que havia sido pichado com suástica e frases de preconceito - na manhã desta quinta-feira. O hospital, referência em infectologia, está localizado na zona oeste de São Paulo.

O diretor do hospital, médico infectologista David Uip, participou da ação.“O Emílio Ribas é um patrimônio da saúde pública paulista e brasileira. A ação de vandalismo foi lamentável, repugnante e vergonhosa”, disse Uip.

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Foto: Agência Estado
Pintura do muro pichado do hospital estadual Emílio Ribas / Divulgação/ Secretaria da Saúde
Foto: SES/SP

Abrasco muda o nome e agrega estudantes de graduação


Durante a Assembléia Geral Extraordinária da ABRASCO, que aconteceu durante o VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia,foi definido que a ABRASCO seja denominada Associação Brasileira de Saúde Coletiva. O coletivo também determinou que os programas e estudantes de graduação em Saúde Coletiva também podem ser sócios da ABRASCO.

Fonte: Abrasco

VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Veja a cobertura no site da Abrasco do VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado entre os dias 12 e 16 de novembro, no Anhembi, em São Paulo.



Abertas as incrições para o Processo Seletivo do Programa de Aprimoramento Profissional, da FSP USP em 2012


Fonte: FSP/USP

A Faculdade de Saúde Pública, torna pública a abertura do Processo Seletivo para preenchimento das vagas do Programa de Aprimoramento Profissional, a ser oferecido pela Instituição em 2012:
 
  • Direito Sanitário e Advocacia em SaúdeTerá duração de 1 (um) ano, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.
  • Entomologia Médica e SoroepidemiologiaTerá duração de 1 (um) ano, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.
  • Psicologia em Unidade Básica de SaúdeTerá duração de 2 (dois) anos, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.
  • Nutrição em Saúde PúblicaTerá duração de 1 (um) ano, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.
  • Nutrição ClínicaTerá duração de 1 (um) ano, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.
  • Laboratório de Saúde PúblicaTerá duração de 1 (um) ano, com carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.

As inscrições serão recebidas durante o período de 21 a 25/11/2011, das 11:00 às 16:30 horas, no Serviço de Alunos da Faculdade de Saúde Publica, Av.Dr.Arnaldo, 715, Cerqueira César.
 
  • Veja aqui o edital na íntegra:

As inscrições são gratuitas.

O número de vagas autorizadas, deverá ser definido pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo – SES-SP, em edital complementar.

Mais informações pelo e-mail: svalunos@fsp.usp.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

10º SEMINÁRIO ESTADUAL ÁREAS CONTAMINADAS E SAÚDE UM SÉCULO DE CONTAMINAÇÃO, UMA DÉCADA DE ENFRENTAMENTOS


APRESENTAÇÃO


Na primeira década de 2000, as áreas contaminadas, resultado de históricos processos produtivos destituídos de cuidados ambientais, passaram a figurar de forma mais consistente na agenda do Sistema Único de Saúde - SUS. Este despertar coincide com a divulgação, em 2002, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a Cetesb, do cadastro de áreas contaminadas. Atualmente estão contabilizadas 3675 áreas contaminadas no estado.
Casos como o da Shell Paulínia e Vila Carioca, Ajax em Bauru e Condomínio Barão de Mauá, entre tantos outros, evidenciaram a necessidade do SUS se estruturar para enfrentar tais desafios, cujo grau de complexidade e incertezas supera as práticas já consolidadas do setor saúde no que diz respeito às questões ambientais.
Os seminários Áreas Contaminadas e Saúde que a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Centro de Vigilância Sanitária, órgão vinculado à Coordenadoria de Controle de Doenças, realiza desde 2002 são parte da estratégia do poder público voltada a promover o debate e a busca de soluções criativas e integradas para a questão.
A parceria desde aquele ano com instituições de notória competência na área de saúde pública ou ambiental, como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP), Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP (Procam/USP), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Faculdades de Saúde Pública e de Medicina da USP; permitiram que os nove seminários anteriores abordassem com sucesso temas como (I) as políticas, estratégias e metodologias para enfrentamento dos riscos à saúde decorrentes da exposição a substâncias perigosas; (II) as experiências municipais; (III) o papel da universidade; (IV) as relações da contaminação do solo com os recursos hídricos; (V) as questões relativas à produção, trabalho e saúde; (VI) as interações entre desenvolvimento urbano, passivos ambientais e saúde; (VII) a avaliação de saúde no contexto do gerenciamento de passivos e no licenciamento ambiental; (VIII) as interações saúde e ambiente no contexto da nova legislação paulista de proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas e (IX) os novos contextos de produção e consumo de substâncias perigosas à saúde e geradoras de passivos ambientais.
A relevância e complexidade do tema, assim como o crescente interesse despertado em toda a sociedade, conduzem à realização neste ano da 10ª versão do evento. Em 2011, o Centro de Vigilância Sanitária, em conjunto com as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da USP organizam o 10º Seminário Áreas Contaminadas e Saúde, que terá por tema “Um século de contaminação, uma década de enfrentamentos”. O seminário destacará o percurso histórico paulista de produção de tais passivos ambientais e as mais recentes iniciativas do poder público e da sociedade em geral para superar os riscos e incertezas derivados desses cenários, tanto do ponto de vista ambiental como sanitário. 
Na oportunidade do décimo evento, a intenção é promover um balanço geral e uma avaliação crítica da evolução dos contextos de contaminação e dos novos cenários de regulação dos riscos à saúde associados à exposição humana a substâncias tóxicas que ora se apresentam, sob a perspectiva de uma década de debates envolvendo as mais diversas instituições e especialistas que lidaram com a questão sob diferentes pontos de vista. Assim, o 10º Seminário é ótima oportunidade para uma síntese e reflexão crítica do trajeto paulista em direção a uma sociedade mais saudável e ambientalmente equilibrada.
Pois assim, estão todos convidados – técnicos e gestores dos órgãos de saúde e de meio ambiente, estudantes e pesquisadores das universidades, representantes da sociedade civil, especialistas e demais interessados no tema – ao debate deste assunto que tanto interessa ao conjunto da sociedade paulista. Sejam todos bem vindos!

DATA 28 de novembro de 2011

LOCAL Anfiteatro João Yunes da Faculdade de Saúde Pública da USP
Avenida Dr. Arnaldo 715- Cerqueira César - São Paulo - SP

                                                                                                                                                               PARTICIPANTES

Profissionais das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde e dos órgãos de Meio Ambiente, estudantes e pesquisadores das universidades, representantes da sociedade civil, além de especialistas de outras instituições públicas e privadas que tenham interface com o tema.


PROGRAMAÇÃO


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sessão Averroes, dia 28/11, às 19h

A sessão do filme Poesia será na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Outras informações:  (11) 3512-6111 (r.215)

Saúde Bucal na Atenção Básica e Saúde da Família: curso na FSP/USP

Desde que a saúde bucal foi inserida no Programa Saúde da Família, com a edição da Portaria 1444/2000, do Ministério da Saúde, muitas interrogações se colocaram para os profissionais dessa área e para os gestores da saúde. 
Dentre elas: que composição deve ter a equipe de saúde bucal? O que ela deve fazer? Como organizar a demanda para evitar naufragar no ‘oceano’ de necessidades que caracteriza o setor? Que tecnologias empregar? O que fazer para ampliar a cobertura? Como combinar ações de promoção e assistência, de modo equilibrado? Como viabilizar práticas de vigilância da saúde bucal coletiva e evitar que os recursos sejam direcionados para ações meramente mutiladoras? Como formar pessoal qualificado para executar as ações planejadas? Que pa pel os conselhos de saúde e outras formas de organização da população devem ter nesse processo? Passados mais de dez anos os municípios têm dado, na prática, diferentes respostas para algumas dessas perguntas. Por outro lado, que iniciativas as universidades têm tido para acompanhar essas experiências e, ao ensinar também aprender com elas? 
Todas essas questões estarão em discussão no curso “Saúde Bucal na Atenção Básica e Saúde da Família” que será realizado nos dias 8 e 9 de fevereiro de 2012, das 8h às 18h, na Faculdade de Saúde Pública da USP, sob coordenação dos professores Paulo Capel Narvai e Paulo Frazão, como parte do conhecido Programa de Verão da USP. 
O curso é dirigido especialmente, mas não exclusivamente, para gestores de saúde e profissionais que integram equipes de saúde da família ou que trabalham na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e terá a participação de alguns especialistas convidados, que relatarão suas experiências e as debaterão com os participantes, combinando assim aspectos teóricos com práticas que vêm sendo desenvolvidas em diferentes realidades. Para informações adicionais acesse: http://www.fsp.usp.br/cverao/

Congresso Brasileiro de Epidemiologia discute políticas públicas de saúde


Ministro da Saúde Alexandre Padilha fará a Conferência de Abertura; evento no Anhembi (SP) tem quase cinco mil inscritos


Epidemiologia e as Políticas Públicas de Saúde é o tema central do VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que será realizado entre os dias 12 e 16 de novembro no Anhembi, em São Paulo. O Ministro da Saúde Alexandre Padilha fará a conferência de abertura, no domingo, dia 13, à noite. O evento promovido pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) tem quase cinco mil inscritos.
As atividades Pré-Congresso têm início no dia 12, com a realização de um seminário, 14 oficinas e 20 cursos. Durante o evento, serão realizadas quatro conferências, nove mesas-redondas, 17 debates e 35 palestras.
O Ministro da Saúde fará a conferência As Contribuições da Epidemiologia para a Construção do SUS na abertura do Congresso, com a coordenação de Luiz Facchini, presidente da ABRASCO.
Além da participação de Padilha, o evento contará com as conferências de George Davey-Smith, da University of Bristol-UK, Michael Marmot, da University College London- UK, Rita de Cássia Barradas Barata, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e César Victora, da Universidade Federal de Pelotas.
O Congresso oferece ainda 51 painéis e 108 comunicações coordenadas, onde serão feitas apresentações orais de 420 trabalhos. Serão apresentados, ainda, 3100 trabalhos em forma de pôster.
Entre os temas abordados no evento, destaque para: Avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde; Epidemiologia social e iniqüidades em saúde; Epidemiologia nutricional; Métodos e técnicas em estudos epidemiológicos; Uso de métodos qualitativos em estudos epidemiológicos; Vigilância epidemiológica/Vigilância em saúde; AIDS e DSTs; Ensino de epidemiologia; Epidemiologia bucal; Doenças cardiovasculares; Câncer; Dengue; Epidemiologia de acidentes, violências e lesões físicas; Saúde da mulher; Saúde da criança e do adolescente; Saúde do idoso e Epidemiologia do álcool e abuso de substâncias.
A moderna epidemiologia brasileira caracteriza-se pela dupla inserção na abordagem do processo saúde-doença. De um lado, como produtora de conhecimentos originais e, de outro, firmemente compromissada com o sistema de saúde, como subsidiária às atividades da prestação de serviços em saúde.
Os participantes do Congresso encontrarão espaço para debater a epidemiologia, seu papel na definição das políticas públicas e no interesse da sociedade brasileira, além de aprofundar seus conhecimentos técnico-científicos.
Informações:

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O direito e o contradireito


Por que exigir que o SUS atenda ao interesse público, sem ficar subordinado a demandas políticas, corporativas e empresariais


Sonia Fleury - O Estado de S.Paulo
O SUS foi fruto de uma trajetória de intensa mobilização da sociedade civil por democratizar o País, assegurando direitos sociais universais na Constituição de 1988, onde a ordem social se destacava da ordem econômica. Descentralizado e com uma autoridade única em cada nível de governo, o SUS redesenhou o pacto federativo gerando um modelo de governança baseado em instâncias de pactuação intergovernamental e uma proposta de governabilidade inovadora baseada em conselhos e conferências.
Um pouco mais de duas décadas depois, em um curto período de semanas, vemos nos jornais que os médicos do SUS se encontraram em greve por melhorias salariais e de trabalho condizentes com sua função, as entidades filantrópicas que prestam serviços ao SUS foram denunciadas pela precariedade de instalações e qualidade do atendimento, os profissionais credenciados pelos planos de saúde fizeram paralisações semelhantes ao setor público, a ANS avaliou que 20 milhões de brasileiros têm planos de saúde ruins, a Anvisa foi proibida de fazer audiências públicas para regular o tabagismo, mas permitiu o uso de agrotóxicos proibidos em outros países e o Congresso "ameaça" regulamentar a Emenda Constitucional 29.
São inegáveis os avanços do SUS na ampliação da cobertura, na internacionalmente reconhecida capacidade de realizar imunizações massivas, desenvolver um programa emblemático da aids, enfrentar, dentro da legalidade dos acordos de comércio internacionais as multinacionais produtoras de remédios que se julgam no direito de exacerbar seu poder de precificação, favorecer a produção de genéricos e a distribuição de medicamentos em farmácias populares, chegar até os excluídos com programas de saúde da família, gerar novas formas de regionalização e contratualização na regulamentação recente da Lei Orgânica da Saúde.
Diante de tantos avanços, como entender as reivindicações dos profissionais, os sofrimentos dos pacientes, as queixas dos gestores locais, os desencontros entre o avanço do Samu e a incapacidade de encontrar um lugar na UTI ou mesmo um leito hospitalar?
Discutir se o problema é de falta de financiamento ou incapacidade de gestão, é ignorar a irresponsabilidade da União em cumprir seus compromissos com o financiamento do sistema público e universal de saúde, como se isso não tivesse consequências nas gestões subnacionais, reféns dos recursos repassados pelo nível central, das decisões judiciais, das denúncias da mídia e da sua própria incapacidade. Ao acabar com o arcabouço da seguridade social, especializando as fontes de financiamento, retirando recursos da área social para pagar juros por meio da DRU, eliminando o Conselho da Seguridade, impedindo a convocação da Conferência da Seguridade, aumentando o gasto social apenas para a área contratual da Previdência ou focalizada dos programas de transferência condicionadas de renda, todos os governos da democracia foram artífices dessa situação de precariedade nos sistemas universais de saúde e educação.
A opção política foi subsidiar os setores com maior poder de barganha: isenções para provedores privados, renúncia fiscal dos planos de saúde e educação para a classe média, planos privados de saúde para servidores, ausência de investimentos para gerar uma rede pública capaz de atender à população, financiamentos e subsídios para utilização dos serviços privados, atenção primária de baixa qualidade que não resolve os problemas, mas despacha o paciente, dupla porta de entrada de pacientes junto com a dupla militância de profissionais, falta de ressarcimento por parte dos seguros de pacientes atendidos no SUS, repasse de recursos financeiros, físicos e humanos para gestões privadas, etc.
Os resultados de uma pesquisa que realizamos recentemente pelo Programa des Estudos da Esfera Pública (PEEP), da FGV, demonstram que a precarização dos serviços públicos se manifesta das seguintes formas:
- A aceitação tácita de todos os agentes de que "serviço público é assim mesmo", ou a naturalização da precariedade, na ausência de parâmetros de qualidade explícitos;
- A precariedade para o atendimento adequado permite o aumento do poder discricionário dos profissionais, resultando em situações de discriminação;
- A cultura política brasileira, desde o primeiro escalão presidencial até o atendente hospitalar, privilegia o QI (quem indica) em detrimento da igualdade da cidadania;
- A falta de responsabilidade do sistema com os pacientes provoca a "peregrinação" em busca do cuidado. Na ausência de garantia, o direito se transforma em contradireito, insegurança, sofrimento, humilhação;
- A perspectiva da classe média de que estaria salva com seu plano de saúde começa a ser desmascarada, pois, a precarização do atendimento privado é um sucedâneo do que ocorreu no SUS, já que quem dá o parâmetro da qualidade é sempre o setor público.
Em conclusão, precisamos resgatar os princípios solidários do SUS e exigir um financiamento público condigno com os padrões internacionais de saúde, no qual a União repasse para a saúde 10% do que ela arrecada em impostos, que os Estados não manipulem seus orçamentos incluindo na saúde o que não lhe é próprio e coordenem a atenção regional, que os municípios não apenas comprem ambulâncias para enviar seus pacientes para outras cidades. Há que exigir que o SUS atenda ao interesse público, não se subordinando aos interesses políticos, corporativos e empresariais. Mas, o que precisamos mesmo é exigir responsabilidade dessas autoridades, para que o paciente ao chegar ao sistema seja acolhido, encaminhado, tratado e nunca mais seja obrigado a buscar, em uma ensandecida peregrinação, fazer valer seus direitos constitucionais. Ou morrer no percurso. 
SONIA FLEURY É DOUTORA EM CIÊNCIA POLÍTICA PELO INST. UNIVERSITÁRIO DE PESQ. DO RIO DE JANEIRO (IUPERJ). AUTORA DE SAÚDE, DEMOCRACIA - A LUTA DO CEBES (LEMOS EDITORIAL)