sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ciclo sobre idosos trata da fisiologia e fisiopatologia do envelhecimento

O Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) divulga o quarto encontro do ciclo de seminários “O idoso no Brasil: Estado da Arte e Desafios”. O evento será no dia 31 de maio (terça-feira), às 14h, no auditório do Instituto de Psicologia (IP) da USP. Desta vez o tema é "Fisiologia e Fisiopatologia do Envelhecimento".
Os expositores serão dois docentes da USP: Eduardo Ferriolli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), e Wilson Jacob Filho, da Faculdade de Medicina (FM). A coordenação será do também coordenador do ciclo David Braga Jr., do Grupo Mais do Hospital Premier.
Iniciado em outubro de 2010, o ciclo tem por objetivos organizar uma agenda dedicada aos idosos, estudar um modelo de atenção integral e identificar ações que contribuam com as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, aprovada pela Portaria 2.528/06 do Ministério da Saúde.
Os três primeiros encontros foram:
  • 18 de outubro de 2010 - "Demografia e Referência Legal", com Salete Maccalóz, desembargadora federal e professora da UFRJ e da Uerj, e Marília Louvison, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
  • 24 de dezembro de 2010 - "Políticas Públicas Relacionadas à Pessoa Idosa", com Solange Kanso El Ghaouri, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e José Luiz Riani Costa, da Unesp.
  • 29 de março de 2011 - "Aspectos Urbanos e Habitacionais em uma Sociedade Que Envelhece", com Alexandre Kalache, médico e pesquisador de saúde pública, e Guita Grin Debert, da Unicamp.
Os temas das nove mesas-redondas restantes serão:
  • modelos de atenção e de organização das redes de serviços e
    linhas de cuidados, financiamento, estrutura, processos e impactos;
  • formação e capacitação profissional;
  • sistema de informação;
  • trabalho, renda, previdência e assistência social;
  • empreendedorismo, lazer, entretenimento, cultura e arte;
  • hospitais, casas de repouso, asilos, residências protegidas;
  • questões jurídicas, custódia, interdição, tutela, herança, testamento;
  • questões relacionadas à bioética, a biologia x a biografia;
  • o direito relacionado à imagem, à linguagem e à memória; de decisão sobre a terminalidade da vida.
A partir desses debates, pretende-se elaborar uma proposta de agenda voltada à melhoria da qualidade de vida dos idosos e vinculada aos seguintes aspectos:
  • promoção do envelhecimento ativo e saudável;
  • atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;
  • estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção;
  • provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;
  • estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
  • formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;
  • divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
  • promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
  • apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Local
Auditório Carolina Martuscelli Bori, IP-USP, Av. Prof. Mello Moraes, 1.721, Cidade Universitária, São Paulo
Internet
Transmissão ao vivo em www.iptv.usp.br.
Informações
Com Sandra Sedini (sedini@usp.br), tel. (11) 3091-1678.

1ª Videoconferência sobre a 14ª Conferência Nacional de Saúde

O Conselho Nacional de Saúde realizará a 1ª Videoconferência sobre a 14ª Conferência Nacional de Saúde, no dia 1º de junho de 2011, das 10 às 13 horas.

Programação:

ABERTURA

Alexandre Rocha Santos Padilha – Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Jurema Werneck – Coordenadora Geral da 14ª Conferência Nacional de Saúde



TEMA “TODOS USAM O SUS! SUS NA SEGURIDADE SOCIAL, POLÍTICA PÚBLICA, PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO".
EIXO "ACESSO E ACOLHIMENTO COM QUALIDADE: UM DESAFIO PARA O SUS"
Apresentação:
·        Maria do Socorro de Souza - Conselheira Nacional de Saúde representante dos Usuários
·        Jovita José Rosa - Conselheira Nacional de Saúde representante dos Trabalhadores
·        Luiz Odorico Monteiro de Andrade – Conselheiro Nacional de Saúde representante dos Gestores

DEBATE


O evento poderá ser assistido, em tempo real, acessando o site:

Relatório do Fórum de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde: como construir uma agenda para o Brasil?

A necessidade e relevância da pesquisa para o fortalecimento dos sistemas de saúde têm sido ressaltadas, especialmente na última década, assim como, a importância de mecanismos que aproximem a ciência (ou a pesquisa) do cotidiano dos profissionais de saúde e dos formuladores de políticas. Este fórum discutiu o processo de construção de uma agenda de pesquisa em APS, a partir de três questões-chave que abordaram os temas prioritários, mecanismos para impulsionar a produção neste campo, bem como o papel da Rede de APS e, finalmente, as possibil idades de uma melhor utilização dos resultados da pesquisa na formulação de políticas e nas práticas dos serviços de saúde.
As contribuições dos participantes foram sistematizadas de acordo com as questões propostas e são apresentadas abaixo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

No dia 31, a primeira atividade do Ciclo de Debates

A Associação Paulista de Saúde Pública, a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde convidam para a primeira atividade do Ciclo de Debates, que será realizada no dia 31 de maio (3ª feira), das 17 às 20 horas, no Auditório Luís Musolino, na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, à Avenida Dr. Arnaldo, 351- térreo (Metrô Clínicas).
O debate tratará da realização da 14ª Conferência Nacional da Saúde e das etapas estadual e regionais e tem como tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro”. Os debatedores serão da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e o Professor Paulo Capel Narvai, da Faculdade de Saúde Pública da USP, e será coordenado por Marília Louvison, representante da APSP no Conselho Estadual de Saúde, que apoia esse debate.
O ciclo de debates tem a parceria da SES/SP, COSEMS/SP, FSP/USP e do Observatório de Saúde da Região Metropolitana.

O protagonismo de nossos associados

A APSP agradece e divulga a iniciativa de nossa associada Sandra Cobellis.
O Blog da APSP mostra na íntegra o e-mail enviado por ela para seus contatos, mostrando o protagonismo que nossos associados podem ter para criar as condições de sustentabilidade para o projeto da APSP.
Sandra, muito obrigada!

Caros colegas e amigos, 

A Associação Paulista de Saúde Pública (APSP) completou 40 anos de existência, em 2010*.
Diversas ações estão sendo realizadas pela nova diretoria no intuito de recuperar o importante papel que a APSP teve na história da Saúde em São Paulo, como a edição da Revista Saúde e Sociedade, editada em conjunto com a FSP-USP, a organização do Congresso Paulista de Saúde Pública a ser realizado de 22 a 26 de outubro em São Bernardo do Campo, a viabilização do  convênio com o Ministério da Saúde para organizar cursos e ciclo de debates, retomada do Boletim Eletrônico mensal e o novo site no ar.
Sua contribuiçãoatravés do pagamento da anuidade de 2011 no valor de R$150,00 é importante para a continuidade deste trabalho.
Você poderá ligar para o fone (11) 3032-6209, à tarde, e falar com a Cláudia, que orientará como você deve proceder. Se preferir, acesse o site www.apsp.org.br.
Peço a gentileza de divulgar a APSP e o Congresso em sua lista de email .


Grata pela atenção
Abs,


Sandra Cobellis
Interlocução PSF
Supervisão Técnica de Saúde Campo Limpo
Fone: 58123460/58141268 - fax: 55136350


*Nota da editora do Blog da APSP: A APSP completa 40 anos em 2012.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Encontro de Conselheiros para a 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Participação Social - Consocial

Nos dias 20 e 21 de junho de 2011, a Controladoria Regional da União no Estado de São Paulo promoverá, das 8h30min às 17h, no Edifício do Ministério da Fazenda, situado na Avenida Prestes Maia, 733, a terceira edição do "Encontro de Conselheiros", com o objetivo de fortalecer a atuação do controle social, oferecer capacitação e promover a participação dos conselheiros na 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Participação Social - Consocial.

Com duração de aproximadamente 16 (dezesseis) horas, a programação do evento contempla a exposição de assuntos relativos ao exercício do controle social, tais como o controle dos gastos públicos (licitações e convênios); a relação entre o controle interno, externo e o controle social; o acompanhamento dos gastos públicos por meio do Portal da Transparência do Governo Federal, e a importância da participação da sociedade na  1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social - Consocial.
Serão disponibilizadas 120 vagas para a participação de conselheiros de políticas públicas estaduais e municipais, sendo destinadas 15 (quinze) vagas para este Conselho, a serem ocupadas, preferencialmente, pelos representantes da sociedade civil. Sugere-se ainda que as vagas sejam destinadas àqueles que não participaram das edições anteriores dos eventos "Encontro com Conselheiros" e "Olho Vivo no Dinheiro Público", promovidos pela CGU.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FSP/USP lança seu Twitter e Facebook

Visando a abertura de um novo canal de comunicação com o público a Assessoria de Comunicação da FSP/USP disponibilizará a partir de agora no Twitter e no Facebook, os eventos, pesquisas e oportunidades da Faculdade de Saúde Pública através destas novas ferramentas de comunicação, levando, assim, sua mensagem institucional a novos públicos.

As informações serão atualizadas pela bolsista do Projeto 4, Adriana Rodrigues dos Santos, em trabalho conjunto com a equipe da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da FSP.

Os docentes, funcionários, alunos, jornalistas e cidadãos comuns poderão acompanhar a vida acadêmica da FSP, através dos ícones do Twitter e Facebook disponibilizados no canto superior direito do site da FSP ou através dos links abaixo:

Twitter: http://twitter.com/#%21/fsp_usp
Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002416512599  

Mais informações pelo e-mail: comunicacao@fsp.usp.br
Fonte: Assessoria de Comunicação FSP/USP

Audiência Pública de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher convida a todos para a Audiência Pública de Prestação de Contas das Ações e da Execução Orçamentária da Secretaria Municipal de Saúde referente ao primeiro trimestre de 2011.

Este evento é um importante mecanismo democrático de controle social e é a oportunidade para que o cidadão, seja usuário ou profissional de saúde pública, possa ouvir e questionar o Gestor Municipal do SUS no que se tange as realizações e os problemas relacionados ao funcionamento do sistema.

Venha, traga suas questões, demandas e a vontade de contribuir para a construção de um Sistema Único de Saúde público, universal, acolhedor e eficiente.

Data: 25/05/2011 – das 11h. às 15 h.
Local: Salão Nobre, 8º andar, desta Egrégia Casa do Povo - Câmara Municipal de São Paulo

Fórum do Cebes

Com o objetivo de agregar aos debates promovidos pelo processo da 14 ª Conferência Nacional de Saúde, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) realizará de 07 a 09 de julho, o II Simpósio de Política e Saúde, em Brasília, às vésperas do Congresso do CONASEMS. Acreditamos que este evento será um espaço de repercussão das teses construídas no II Simpósio.

Para mais informações, veja aqui .

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Convite: Sessão Averroes dia 30 de maio

Fórum de Editores de Revistas da Área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde/Abrasco

A revista Saúde e Sociedade, na figura da editora pela APSP Cleide Lavieri Martins, convocou e coordenou o Fórum de Editores de Revistas da Área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, realizado durante o V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde/ABRASCO, em 18 de abril de 2011, cidade de São Paulo.
O objetivo do Fórum foi discutir a divulgação científica no âmbito da Saúde Pública/Coletiva, tendo por referência a ampla diversidade dessa produção, a democratização da sua divulgação e o acesso ao 
conhecimento na área. No contexto da política restritiva que vem sendo implementada pela CAPES, e que se expressa na classificação excludente e fortemente seletiva das revistas, a APSP considera fundamental 
manter o debate das ideias de uma forma ampla e democrática.
Leia abaixo documento final do Fórum.

Medicina Integrativa

No dia 14 de junho acontece o 89º Fórum Temático do Comitê Cultura de Paz, com o tema “Medicina Integrativa – uma abordagem sistêmica em saúde”. O evento, com palestra de Paulo de Tarso Lima, será às 19 horas, no grande auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A entrada é franca.
Mais informações:

terça-feira, 17 de maio de 2011

APSP debate 14ª Conferência Nacional de Saúde

A Associação Paulista de Saúde Pública e a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde convidam para a primeira atividade do Ciclo de Debates, a ser realizada no dia 31 de maio (3ª feira), das 17 às 20 horas, no Auditório Luís Musolino, na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, à Avenida Dr. Arnaldo, 351- térreo (Metrô Clínicas).
O debate tratará da realização da 14ª Conferência Nacional da Saúde e das etapas estadual e regionais e tem como tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro”. Os debatedores serão da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e o Professor Paulo Capel Narvai, da Faculdade de Saúde Pública da USP, e será coordenado por Marília Louvison, representante da APSP no Conselho Estadual de Saúde, que apoia esse debate.
O ciclo de debates tem a parceria da SES/SP, COSEMS/SP, FSP/USP e do Observatório de Saúde da Região Metropolitana.
 Agende os próximos debates do Ciclo:

Tema
Data
2
O fortalecimento do Pacto pela Saúde nas Relações Interfederativas
21/6
3
Desafios da Implantação do Sistema de Auditoria no SUS
2/8
4
O controle social e o papel da ouvidoria no SUS
6/9
5
Monitoramento e Avaliação em Saúde
4/10



Edição da revista The Lancet sobre saúde pública no Brasil

A revista médica britânica The Lancet, uma das mais influentes do mundo, publicou nesta segunda-feira (9) uma série de artigos sobre a situação da saúde pública no Brasil. Na avaliação dos pesquisadores, o país deu passos importantes desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, e houve melhoras significativas neste período.
Vejam neste link o pdf completo da edição.
Mais detalhes da publicação nesta postagem do Blog da APSP do dia 13/05.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Padilha discursa na Assembleia Mundial da Saúde e defende o acesso à saúde para erradicar a miséria

Fonte: Ministério da Saúde (16/05)

Ministro da Saúde reforça o compromisso brasileiro com a redução das 
doenças crônicas e enfatiza importância da saúde para erradicar a 
miséria.

Em seu discurso na 64ª Assembléia Mundial de Saúde na manhã desta 
segunda-feira (16), em Genebra, Suíça, o ministro da Saúde do Brasil, 
Alexandre Padilha, colocou o acesso à saúde como um dos pilares do 
governo brasileiro para o desenvolvimento do país e a erradicação da 
extrema pobreza. Padilha reforçou o compromisso do Brasil em 
fortalecer a política de prevenção e controle das doenças crônicas não 
transmissíveis, que atingem com mais vigor as populações pobres e são 
responsáveis por 72% dos óbitos no país.
"Nosso pacto mundial contra as doenças crônicas não transmissíveis 
deve incluir, necessariamente, equidade no acesso a prevenção e a 
tratamento", afirmou Alexandre Padilha, que destacou a experiência 
brasileira e mundial na luta contra as doenças negligenciadas. "Não 
podemos esquecer as lições aprendidas e inaugurar uma era de pessoas 
que sofrem com doenças que dispomos de conhecimento para enfrentá-las."
A redução das doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, é o tema 
central da 64ª Assembléia Mundial de Saúde. O encontro reúne ministros 
da Saúde ou representantes do setor de 193 países, e segue até o dia 
24 de maio.
O ministro Alexandre Padilha destacou, ainda, a importância da 
indústria dos genéricos, que ajudaram a ampliar o acesso a 
medicamentos nos países em desenvolvimento; e a necessidade da adoção 
de mecanismos intergovernamentais para o enfrentamento das pandemias 
de Influenza. Segundo ele, o reforço da interface entre a política 
externa e de saúde global, a exemplo do enfrentamento da pandemia da 
influenza A H1N1, é fundamental, mas ainda é preciso avançar no 
estabelecimento de ações conjuntas entre os governos.
DOENÇAS CRÔNICAS - O Brasil será sede de um importante encontro para o 
avanço das discussões para a redução de doenças crônicas, entre outros 
problemas de saúde que atingem parcelas mais pobres ou excluídas da 
sociedade: a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais de Saúde, 
que será realizada no Rio de Janeiro em outubro.
O Ministério
da Saúde do Brasil prepara um plano para o enfrentamento 
das doenças crônicas. Neste ano, já foram implantadas medidas como a 
oferta gratuita de medicamentos para tratamento de hipertensão e 
diabetes nas farmácias credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular e a 
criação das Academias da Saúde, que ofertarão infraestrutura para 
prática de atividades físicas.
Também nesta frente, foi fechado acordo com as associações de 
produtores de alimentos processados para redução gradual de sódio em 
16 categorias de alimentos, começando pelas massas instantâneas, pães 
e bisnaguinhas. Com a medida, o Brasil quer alcançar a meta de consumo 
de sal estipulada pela OMS até 2020 - que é de menos de 5 gramas por 
dia.
ESTRATÉGIAS GLOBAIS - As DCNTs são responsáveis por uma série de 
agravos na população mundial, como infarto e acidentes vasculares 
cerebrais. Na Assembléia Mundial de Saúde, Padilha colocou a troca de 
experiência entre os países como uma forma de avançar nas políticas 
nacionais e, sobretudo, nas políticas globais. O Brasil, por exemplo, 
vive uma epidemia de acidentes com moto e anunciou, na semana passada, 
um pacto nacional para redução de acidentes no trânsito. "O mundo 
precisa reforçar a educação no trânsito e melhorar o amparo das leis", 
destacou.
A definição de estratégias globais representou avanços no Brasil. 
Segundo o ministro, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, 
traçados pela ONU, ajudaram na definição de prioridades no país e 
resultou em avanços na saúde da mulher e da criança.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, para que o acesso à saúde 
seja universal, é preciso ainda avançar nas discussões em três 
importantes esferas: financiamento, incorporação de tecnologia e 
acesso a medicamentos. "O Brasil defende o acesso universal à saúde, e 
acolhe as diferentes soluções com o intuito de defender e promover os 
sistemas universais de saúde", disse.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Elogio

A Diretoria da APSP agradece o elogio de Luiz Cecílio, recebido por e-mail.

À diretoria da APSP.
Parabéns colegas pela dinâmica que vocês estão imprimindo à APSP!
Está ótima a agilidade da comunicação com os associados.
Uma beleza!
Continuem assim porque está valendo a pena.
Abraços
Luiz Cecilio

O Blog da APSP conta com a participação de todos.
Quem tiver interesse em postar no Blog, pode mandar o material por e-mail para a editora do Blog.
Os comentários também são muito bem-vindos!

Revista médica britânica lança série avaliando saúde pública brasileira

Fonte: G1

The Lancet está entre as publicações mais influentes no mundo no setor.
Textos analisam sucessos e fracassos desde a criação do SUS, em 1988.


A revista médica britânica The Lancet,* uma das mais influentes do mundo, publicou nesta segunda-feira (9) uma série de artigos sobre a situação da saúde pública no Brasil. Na avaliação dos pesquisadores, o país deu passos importantes desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, e houve melhoras significativas neste período.
O documento é “uma ampla revisão sobre a saúde e a assistência médica de nossa população”, preparado por uma equipe de 29 especialistas em saúde pública, e destaca sucessos e fracassos das políticas implementadas.
“O principal sucesso é o fato de que toda a população pode ter acesso à saúde pública, o que não é comum nos países como o Brasil”, disse ao G1 o epidemiologista Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (RS), que coordenou o projeto.
Os estudos avaliaram a saúde pública brasileira por cinco aspectos: sistema de saúde, saúde das mães e das crianças, doenças infectocontagiosas, doenças crônicas não transmissíveis e violência e lesões físicas.
Entre os destaques positivos, os médicos mostram que o país reduziu significativamente a mortalidade causada pela doença de Chagas, pela esquistossomose, pela diarreia infantil e pela Aids. A vacinação funciona bem e, segundo Victora, o Brasil é um “exemplo” nessa área. Houve progresso significativo em relação à maioria dos aspectos citados nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, documento das Nações Unidas.
Por outro lado, a dengue e a leishmaniose visceral foram consideradas fora de controle. A saúde das mães também é uma preocupação, pois há muitos abortos ilegais e os partos são “hipermedicalizados” – metade é de cesarianas. O avanço da obesidade e das doenças relacionadas a ela também foram citados, assim como o alto número de mortes violentas, seja por crimes ou por acidentes.
Por fim, os autores sugerem uma série de ações ao governo, aos trabalhadores de saúde, ao setor privado, às universidades e outras instituições de pesquisa e formação e à sociedade civil, como formas de melhorar a saúde pública nacional. “O desafio é, em última análise, político e requer a participação ativa da sociedade, na perspectiva de assegurar o direito à saúde para toda a população brasileira”, diz o texto.

* No site da revista é possível ler os artigos. http://www.thelancet.com/series/health-in-brazil

18 de maio: Dia Nacional da Luta Antimanicomial - Seminário "Defesa do SUS e da Saúde Mental"


quarta-feira, 11 de maio de 2011

I Jornada Nacional de Saúde da Família

Mais informações e inscrições:
http://www.saocamilo-sp.br/adh2011/index.php?option=com_content&view=article&id=105:i-jornada-de-saude-da-familia&catid=17:eventos&Itemid=15

CGU promove a 1ª Consocial

Fonte: Consocial

A Controladoria-Geral da União (CGU) está promovendo a 1ª Conferência
Nacional sobre Transparência e Controle Social (1ª Consocial), que tem como
tema "A sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública".
A 1ª Consocial deverá, com a participação de todos os segmentos da
sociedade, traçar diretrizes de atuação para promover a transparência
pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle
da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e
democrático.
A etapa nacional da 1ª Consocial será realizada entre os dias 18 e 20 de
maio de 2012, mas a mobilização da sociedade já começa agora, em abril de
2011, com a convocação das conferências estaduais pelos Governadores e com
os preparativos para as conferências municipais, que começam a ser
realizadas a partir de julho. Os encontros estaduais deverão acontecer a
partir de novembro deste ano.
O papel de cada Conselho de Política Pública e demais instâncias de controle
social é de suma importância neste processo. Muitas das propostas e
diretrizes construídas nas etapas preparatórias serão oferecidas ao Poder
Público local para que sejam utilizadas no desenvolvimento de ações para o
incremento das políticas de transparência e controle social em cada região.
Portanto, a 1ª Consocial não é um fórum de discussões apenas nacional ou de
interesse exclusivo do Governo Federal.
Além disso, um dos Eixos Temáticos aprovados pela Comissão Organizadora
Nacional é justamente "A atuação dos conselhos de políticas públicas como
instâncias de controle". Por esse motivo, determinou o Regimento Interno que
houvesse a participação de representantes dos Conselhos, tanto na formação
das Comissões Organizadoras Locais, como no conjunto de delegados eleitos em
cada etapa convocada.
A Controladoria-Geral da União, por iniciativa do seu Ministro-Chefe,
convidou todos os Governadores de Estado para participarem da 1ª Consocial,
convocando e realizando as conferências estaduais. Em breve, os Governadores
também poderão encaminhar convites às Prefeituras, sugerindo a convocação de
conferências nos municípios. Cada etapa local convocada encaminha propostas
e elege delegados (com percentual destinado exclusivamente aos
representantes dos Conselhos) para a etapa posterior. O processo culmina com
a realização da etapa nacional, em maio de 2012, em Brasília.
A CGU gostaria de contar com o apoio das Senhoras e dos Senhores para a
mobilização da sociedade local e dos Conselhos de Políticas Públicas e
demais instâncias de controle social para as etapas preparatórias da 1ª
Consocial. Outras informações importantes podem ser obtidas pelo endereço
eletrônico conselho-consocial@cgu.gov.br
ou por meio do site
www.cgu.gov.br/consocial
A Consocial nas Redes Sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100002051370894
Orkut: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=110489440
Twitter: http://www.twitter.com/consocialCGU

DOU publica Regimento e Comissão Organizadora da 14ª Conferência Nacional de Saúde

Fonte: Conselho Nacional de Saúde

A Comissão Organizadora da 14ª Conferência Nacional de Saúde, por meio de portaria publicada em 28 de abril no Diário Oficial da União (DOU) do Ministério da Saúde, fez conhecer o conjunto de normas que vão reger a 14ª Conferência Nacional. Entre outros objetivos estabelecidos para esta edição está o de impulsionar, reafirmar e buscar a efetividade dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) garantido na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Saúde, na perspectiva do fortalecimento da Reforma Sanitária.
De acordo com o documento, a 14ª Conferência Nacional de Saúde será realizada em três etapas Municipal, Estadual/Distrito Federal e Nacional. Nos municípios os debates já iniciaram e seguem até 15 de julho. Já as discussões na etapa Estadual/Distrito Federal começam dia 16 de julho e vão até 31 de outubro. E, finalizando os trabalhos na etapa Nacional, que acontece em 30 de novembro a vai até o dia 04 de dezembro.
Na semana seguinte à publicação do Regimento Interno da 14ª CNS, no dia 3/05, o Diário Oficial da União trouxe a composição da Comissão Organizadora, que é formada por 24 Conselheiros Nacionais de Saúde, sendo 12 indicados pelos usuários, 06 pelos profissionais de saúde e 06 por gestores e prestadores de serviços de saúde, além dos nomes dos responsáveis pelo desenvolvimento das ações da 14ª Conferência Nacional de Saúde.
Participe de todas as etapas da 14ª Conferência Nacional de Saúde e ajude a construir as políticas públicas de saúde no Brasil. O Controle Social agradece!

CNS lança site da 14ª Conferência Nacional de Saúde

Fonte: Conselho Nacional de Saúde

As principais informações sobre o maior evento da saúde do Brasil já têm um espaço garantido na web. O site da 14ª Conferência Nacional de Saúde está no ar e pronto para receber a sua visita. http://www.conselho.saude.gov.br/14cns/index.html
As Conferências de Saúde acontecem há 70 anos no Brasil. O tema desta 14ª edição é: "Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro", sob o eixo "Acesso e acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS".
A expectativa é que mais de duas mil pessoas participem deste grandioso evento da Saúde brasileira, que está marcado para acontecer de 30 de novembro a 04 de dezembro em Brasília.
No novo espaço virtual será possível entre outras coisas, conferir todas as datas das etapas Municipais e Estaduais da 14ª, acessar a História de todas as Conferências, baixar a logomarca escolhida para edição 2011, bem como sanar dúvidas acerca do processo de realização da Conferência. Além disso, os internautas vão poder acompanhar as últimas notícias sobre todas as discussões pautadas nas três etapas, Municipais, Estaduais/Distrito Federal e é claro, a Nacional.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Saúde suplementar: o desafio da universalização

Fonte: Correio Braziliense (Brasília, 04/04/11)
O acesso universal à saúde foi apontado pelo ministro Alexandre Padilha como um dos grandes desafios de sua gestão. Essa é, sem dúvida, uma das maiores reivindicações da população, que, com o aumento da renda, também sinaliza o desejo de adquirir um plano de saúde, como mostram pesquisas sobre o consumo do brasileiro em 2011.
O ministro mostra disposição para enfrentar a questão, ao mesmo tempo em que acena com maior diálogo com o setor de saúde suplementar — hoje, com quase 45 milhões de beneficiários no país, o equivalente a 23,4% da população brasileira.
Duas questões intrigam a todos: gestão e recursos financeiros. Boa gestão é sempre necessária, tanto no setor público quanto no privado, pois é a forma de evitar o d esperdício de recursos sempre escassos. Mas não haverá gestão sem recursos financeiros. Se imaginarmos que o gasto per capita nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), quase de US$ 4 mil, seria desejável para o Brasil, nós dispenderíamos grande parte de nossas rendas com saúde.
Faço a referência para mostrar a virtual impossibilidade de o setor público alocar, em futuro próximo, recursos necessários para prover atenção integral à saúde de todos os brasileiros. Forçoso, portanto, reconhecer a severa limitação de recursos financeiros para fazer frente às necessidades de gastos com saúde.
Por isso, entendemos que não haverá universalização do acesso à saúde senão por meio de forte e crescente interação entre os setores público e privado. No horizonte previsível, nem pode o Sistema Único de Saúde (SUS) sozinho cumprir com seu dever constitucional de garantir acesso a toda população, nem o s etor privado tem condições de sozinho atender com integralidade e universalidade.
As pessoas que têm plano de saúde buscam atendimento na rede privada, embora não renunciem ao direito de se valerem do SUS e tampouco fiquem desoneradas de seus deveres de contribuintes. No entanto, ao recorrerem aos serviços da rede privada, os cidadãos com planos de saúde deixam de utilizar o sistema público.
Com menos pessoas dependendo exclusivamente do SUS, é possível planejar e organizar melhor o atendimento público de saúde, pois menor será número de indivíduos a serem atendidos pela mesma (e escassa) dotação orçamentária.
Ter plano é uma escolha voluntária e essa opção se dá por diversas razões — entre elas a expectativa de maior e mais rápido acesso e melhor atenção à saúde, a possibilidade de escolha do profissional, hospital ou laboratório e a qualidade das instalações privadas. Não há por que não permitir que um maior número de pessoas realize esse sonho.
Em 2010, o número de beneficiários de planos cresceu a taxas recordes, em razão do crescimento do emprego e das rendas. No entanto, com a ascensão econômica das classes C e D, era de se esperar crescimento ainda mais intenso — que não foi possível porque as pessoas ainda não têm renda suficiente para custear um plano de saúde.
Para aproximar o desejo das pessoas de ter um plano e sua concretização, o caminho é permitir o desenho de planos focados nas diferentes necessidades e possibilidades da população. Para isso será necessário rever a legislação e regulamentação da saúde suplementar, permitindo novos planos, voltados para os diferentes estratos sociais.
Esses novos produtos devem ter certas qualidades, como a permissão para que se construam provisões para as idades mais avançadas, que trazem consigo maior incidência de doenças, especialmente as crônicas, o que eleva os gastos com saúde num perío do da vida em que as rendas caem.
Proposta nesse sentido foi apresentada pela FenaSaúde, em parceria com a FenaPrevi, à Agência Nacional de Saúde Suplementar, que hoje estuda a criação de um plano híbrido de saúde e previdência — o que mostra que pequenas alterações nas regras soltarão as amarras da criatividade e libertarão os empreendedores para desenvolver produtos melhor adaptados às diferentes necessidades das pessoas.
Há enormes desafios a enfrentar na saúde, particularmente em razão da tendência do aumento das despesas médico-hospitalares com incorporação de tecnologias e envelhecimento da população. Não podemos assistir passivamente ao desenrolar dessas tendências e, resignados, aceitarmos as severas consequências da inação como se fatalidade fossem. Podemos e devemos construir nosso futuro, de maior acesso aos serviços de saúde, com menor incidência de doenças e vida mais longa e saudável para a população brasileira.

Depois da casa própria, o maior sonho do brasileiro é dar plano de saúde à família

Fonte: Portal Nacional de Seguros (25/04)
Se depender da intenção de consumo da população, 2011 pode ser um ótimo ano para as vendas de planos de seguro- -saúde. Segundo levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o plano de saúde é o segundo item na lista dos 12 mais desejados por 1.059 entrevistados em oito regiões metropolitanas. O único sonho de consumo que o supera é o da casa própria.
A busca do bem estar pessoal, especialmente no que se refere aos filhos, é a mola propulsora da compra. "Muitas vezes este cliente não compra o plano de saúde para si. Ele costuma dizer que só vai ao médico quando está muito mal, mas que, para o filho, não pensa duas vezes", diz Márcio Falcão, consultor do instituto de pesquisa Data Popular.
Segundo Falcão, para a trair e fidelizar esta parcela do público, as empresas devem adotar um novo paradigma, alinhado coma cultura popular. São inúmeras ações que vão da criação do produto às formas de comunicação com o consumidor, que precisa sentir que o produto é acessível para ele."No que se refere ao plano de saúde, o consumidor da classe C busca o pronto atendimento, sem abrir mão da qualidade. Ele não faz questão dos hospitais da elite, luxuosos. Mas não abre mão de que o hospital modesto que lhe presta atendimento funcione bem."
O resultado está em linha com a avaliação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne 15 operadoras que atendem a 19 milhões de pessoas, o equivalente a 33% dos clientes da saúde suplementar no Brasil. Para a FenaSaúde, o setor deve crescer8% em número de beneficiários este ano.
"Mas poderia crescer de forma mais expressiva, considerando a grande mudança na composição das faixas de renda d a população, em virtude de políticas públicas como a valorização do salário mínimo e programas de renda como o Bolsa Família", diz José Cechin, ex-ministro da Previdência e Assistência Social e diretor- -executivo da FenaSaúde. "Essas pessoas querem ter um plano, mas sua renda ainda não alcança. As operadoras estão atentas a este público e buscam desenhar planos mais adequados." Segundo ele, uma das dificuldades para a criação de novos produtos é o marco regulatório, que engessa a criatividade das empresas e deixa quase vazia a prateleira. "Os planos têm de cobrir tudo, nas três modalidades: ambulatorial, hospitalar ou ambulatório-hospitalar. Só temos estas três categorias e o que diferencia uma operadora da outra é a rede de atendimento".
Cechin defende a flexibilização da legislação, que viabilizaria o desenho de planos customizados para cada perfil de cliente. Ele já encaminhou à ANS um estudo sobre o plano de saúde capitalizado, que permitiria a cobertura dos gastos com saúde e a acumulação de reservas para o segurado poder sacar na aposentadoria, época em que a renda normalmente declina e os gastos com saúde se elevam. "Este produto resolveria a questão da longevidade do brasileiro, um nó que vai desafiar a Previdência Social em breve", diz Cechin. Segundo ele, o estudo teve uma boa acolhida por parte da ANS e está sendo analisado pela agência reguladora que pode transformá-lo, com apoio das entidades do setor, em projeto de lei. A abrangência do rol de procedimentos obrigatórios estabelecido pela ANS também contribui para encarecer o produto, segundo Marco Antunes, da SulAmérica. "Alguns itens poderiam ser contratáveis, como planejamento familiar, diminuindo os custos."

Proibição dos Emagrecedores

A APSP subscreve a nota elaborada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) em apoio à proibição dos emagrecedores no país.
Veja a nota e comente:

A SAÚDE PÚBLICA ADVERTE:
INIBIDORES DE APETITE FAZEM MAL À SAÚDE

Diante da polêmica surgida em relação à proposta de resolução da Anvisa de cancelamento do registro no Brasil da sibutramina,  anfepramona, femproporex e mazindol (substâncias utilizadas como inibidores de apetite), as instituições e entidades de saúde pública listadas abaixo se posicionam favoráveis a este cancelamento, com   base em consistentes estudos científicos internacionais e na recomendação da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME) à Anvisa. Estes estudos revelaram ausência de benefícios à saúde a longo prazo e aumento do risco de complicações cardiovasculares em usuários destas substâncias e, por conta de seus resultados, órgãos reguladores dos EUA e Europa já cancelaram seus registros.Ao apoiar a recomendação da CATEME, nos somamos aos que colocam a saúde da população brasileira acima dos interesses comerciais e de mercado.

Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

Conferência Nacional de Saúde: esgotamento e crise

Paulo Capel Narvai (*)

Não é que esteja tudo errado com a Conferência Nacional de Saúde (CNS), apenas há muita coisa equivocada, coisas que não funcionam e outras que não deveriam mais estar sendo feitas. É preciso mudar. Mudar logo, mudar muito e se renovar, para se fortalecer. Este é o ponto de vista central do trabalho intitulado “Conferência Nacional de Saúde: esgotamento e crise” que submeti ao 5º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (São Paulo, 17 a 20/4/2011), organizado pela ABRASCO. O estudo resulta de pesquisa que tomou como objeto de investigação a estrutura e o funcionamento da 13ª Conferência Nacional de Saúde (2007), com foco nas etapas municipal de São Paulo, estadual paulista e nacional. Foram analisados regulamentos e regimentos de conferências e feita observação participante, na condição de delegado.
Neste artigo, sumário de um paper em preparação, indico as principais conclusões da pesquisa e avanço em algumas sugestões ao processo de organização da 14ª Conferência Nacional de Saúde.
Finalidade – Desde que as CNS são realizadas (1941) sua finalidade tem variado, indo do “facilitar ao governo federal o conhecimento das atividades concernentes à saúde” (1941) ao “fortalecimento da participação social na perspectiva da plena garantia da implementação do SUS” (2007), passando pela avaliação das condições de saúde, avaliação de programas, dentre outras. É crucial rever a finalidade da CNS. O que queremos, em nossos dias, com a realização de conferências de saúde? O que estamos fazendo com e nas conferências está em conformidade com o que queremos desse evento? Digo “estamos fazendo” e “queremos” colocando-me no pólo dos que defendem o direito universal à saúde e dão combate sem trégua aos que mercantilizam (monetariamente, eleitoralmente...) os cuidados de saúde e aos que querem fazer negócios com saúde e, nesse setor, acumular e reproduzir capital.
Estrutura e Funcionamento – É preciso mudar radicalmente a estrutura da CNS, que segue reproduzindo o formato delineado na 8ª CNS, com grupos de debates e uma plenária final, no último dia, para a qual são empurradas as decisões da conferência. Esse formato está esgotado e insistir nele é um erro grave, que está comprometendo a própria credibilidade da Conferência Nacional de Saúde. Seguir realizando mesas e grupos de debates na etapa nacional, e suprimir pequenos avanços como foram as plenárias temáticas, é um retorno equivocado a dificuldades que todos conhecemos bem. Na 13ª funcionaram as plenárias temáticas, uma modalidade que possibilitou antecipar decisões e livrar a plenária final da leitura, discussão e votação de algumas centenas de propostas. Ao analisar o Regimento da 14ª CNS, divulgado recentemente, observei que esse avanço da 13ª foi abandonado. É um erro. Com essa decisão, centenas de propostas serão levadas à Plenária Final, congestionando-a ainda mais. Pode ser que essa decisão tenha resultado de alguma avaliação da 13ª, à qual não tive acesso. Desconheço, portanto, os motivos que levaram à supressão das plenárias temáticas como instância de tomada de decisão pelos delegados. Se essa supressão estiver articulada com outras iniciativas para melhorar o funcionamento da Conferência, pode ser que eu esteja errado (tomara que sim), mas, como ato isolado, essa supressão não resolverá problemas estruturais e pode ser sim um retrocesso importante. Um dos problemas identificados na pesquisa é que a CNS ainda não chegou à era da informação. As etapas municipal e estadual seguem desconectadas da etapa nacional e o fato de terem aparecido 373 propostas inéditas na etapa nacional da 13ª CNS, que se somaram às 588 que constavam do Relatório Consolidado das conferências estaduais é demonstração cabal da
absoluta desconsideração dessas etapas. Afinal, se após realizar conferências envolvendo cerca de 1 milhão e 300 mil pessoas, em todas as 27 unidades federativas e em 4.413 municípios, foi necessário acrescentar mais 64% de propostas “inéditas” na etapa nacional, então esse esforço por todo o país foi, nesse aspecto, inútil – ou quase isso. Felizmente, consta do Regimento da 14ª CNS que não mais serão aceitas essas propostas na etapa nacional. É preciso, agora, fazer valer esse Regimento – e não rasgá-lo, como aconteceu na 13ª CNS. E para que não seja mais necessário inserir propostas inéditas na etapa nacional, urge que se supere essa verdadeira “barreira da China” que, com o passar do tempo, foi se erguendo entre a etapa nacional e as demais etapas. Para muita gente, a Conferência Nacional de Saúde começa e acaba na etapa nacional. Não é mais possível conviver com isso. Nós precisamos retornar ao Sérgio Arouca, quando, a propósito da 8ª CNS como um processo, em que a etapa nacional era inseparável das, à época, chamadas “pré-conferências” estaduais, dizia que “A Conferência deixou de ser quatro dias para ser um grande processo o ano todo e que, mobilizando a sociedade brasileira, a ciência, a academia, os profissionais, possa caminhar (...) para a construção de um grande projeto (...) uma verdadeira reforma sanitária”. Nós precisamos retornar à perspectiva do Arouca, e informatizar a CNS, viabilizando esse “grande processo o ano todo” a que ele se referia, mas, agora, com o uso da internet e todos os instrumentos e ferramentas que a era da informação nos disponibiliza, para aprofundar a luta pelo direito à saúde e, com isso, ampliar e fazer avançar a democracia brasileira. As Conferências de Saúde, não obstante seus problemas e dificuldades, são uma monumental conquista da cidadania, que não apenas a fortalece, mas também serve de exemplo para outros setores da vida nacional, notadamente os envolvidos diretamente com as políticas públicas. Por isso, por sua história de protagonismo e vanguarda, a CNS não pode temer mudanças. Deve, ao contrário, buscá-las incessantemente.
Informatizar a CNS – A CNS precisa também superar o constrangimento antidemocrático de, na etapa nacional, suprimir propostas aprovadas nos Municípios e nos Estados/DF. Em contextos democráticos, como o que vivemos no Brasil, não se trata mais de eliminar propostas válidas, legítimas, democraticamente aprovadas no processo da CNS. Basta aferir o grau de concordância dos delegados com cada proposta, reconhecendo-as todas como representativas e importantes. Respeitar minorias, e não massacrá-las. Desse modo, a CNS deve evoluir para superar o clima de conflagração que tem marcado as conferências, alimentado tensões, desrespeitando minorias e se caracterizando por excluir e não por auscultar. A CNS precisa auscultar o país, e superar o ambiente de “praça de guerra” que tem predominado. O formato, e a dinâmica, atuais favorecem o confronto em detrimento da consulta. Sem falar que tem gente que, optando pelo confronto puro e simples (muitas vezes raivoso), pensa que “está na luta” quando está, simplesmente, sendo malcriado e desrespeitando a quem não deveria. Para superar o clima de guerra e avançar democraticamente, a CNS precisa ser construída on-line, com cada Proposta sendo escrita coletivamente, pelos delegados municipais, estaduais e nacionais, mediante acesso qualificado ao site da CNS (aliás, é simplesmente inconcebível que a Conferência Nacional de Saúde não tenha um site específico, destinado exclusivamente para esse fim). Uma tarefa imediata, para a 14ª CNS é, portanto, criar um site e começar a escrever, imediatamente, a partir das conferências locais, as propostas que serão analisadas na etapa nacional. Nesta, por sua vez, é preciso aposentar definitivamente os crachás de votação. É indispensável adotar um sistema eletrônico de votação, dotar cada delegado de um terminal de votação digital e publicar imediatamente, no “telão”, os resultados de cada votação, identificando o grau de adesão a cada proposta. Não há impedimento técnico intransponível. É possível e é preciso fazer isto, avançar, modernizar a CNS e deixar no passado das nossas memórias o “espetáculo democrático” dos crachás subindo e descendo, em votações intermináveis, e em recontagens que não nos deixam saudade.
Tamanho e instalações – Tem predominado nas CNS, desde a 8ª Conferência (1986), a idéia de que conferência boa, bem-sucedida, é conferência “massiva”. O número de delegados e convidados cresce a cada edição da CNS (na 13ª foram 3.182 participantes: 2.627 delegados, 336 convidados e 219 observadores). Então, avalia-se que quanto mais gente em Brasília, melhor a Conferência. Confunde-se democracia com quantidade de participantes; acúmulo de forças, com acúmulo de gente. É um despropósito. Conferência boa é conferência democrática, que cumpre sua finalidade, funciona bem e proporciona instalações adequadas e algum conforto aos participantes. Nas últimas conferências as instalações têm deixado muito a desejar – não obstante o esforço e dedicação abnegada dos organizadores. Os problemas vão de cadeiras inadequadas à qualidade do som, passando por conforto térmico, ventilação, alimentação. As filas intermináveis para o restaurante frequentemente “tiram” os delegados das atividades. Na 13ª CNS houve momentos em que havia mais gente no restaurante (nas filas e comendo) do que na plenária. É preciso reavaliar, com prudência e cautela, por certo, os números de delegados e convidados que a Conferência precisa e quer ter. Hoje, com esses problemas organizativos, a CNS parece estar negando a lei dialética que trata da transformação da quantidade em qualidade: nesse caso, a quantidade de participantes está comprometendo a qualidade – e não se transformando nela.
Plenária Final – Temos assistido a uma enfadonha rotina de conferências inacabadas, com plenárias finais que têm de deliberar sobre mais de 1.000 propostas, tendo cerca de 500 minutos para isso. No caso da 13ª CNS, a plenária final aprovou 857 propostas e 157 moções. Iniciou-se às 10h03 do dia 18 e se encerrou às 2h31 do dia 19/11/2007, com dois intervalos para o almoço e para o jantar. Durou exatos 685 minutos de atividades; quase 17 horas, considerando os intervalos. Não se pode mais repetir erros desse tipo. Chega a ser grosseiro. As plenárias finais deveriam decidir sobre não mais do que uns 50 itens/propostas e deles se ocupar com tempo, aprofundando prós e contras, possibilitando que diferentes pontos de vista pudessem ser expressados nesse momento máximo do processo. (Aliás, é crucial que todos, delegados e organizadores, compreendam que a CNS é um processo, com vários eventos em todo o território brasileiro, e não é, apenas, “um evento em Brasília”) E, então, democraticamente, votar o que for necessário, sem açodamento, sem pressa, sem atropelos. Muito importante: é preciso cumprir os horários. Começar atividades com 2 ou 3 horas de atraso é inaceitável. Deixar ministros de Estado e outras autoridades esperando mais de duas horas pelo início de uma mesa de debates, como aconteceu na 13ª CNS com o Ministro Luiz Dulci, Secretário Geral da Presidência da República, é um desrespeito ao convidado, mas é, também, um grave desrespeito ao delegado e a todos que ele representa. Não é “bonitinho”, nem “cultural” fazer isso. É falta de educação mesmo. Uma boa conferência de saúde deve começar (e terminar) com... educação. Respeitar horários é exercício de educação, deve ter função pedagógica num evento como a CNS. E, então, que venha a 14ª CNS: ousada, criativa, inovadora. Ninguém quer mais do mesmo, com exceção dos inimigos do SUS e do direito universal à saúde, que ficam satisfeitos e felizes da vida com cada tropeço nosso.
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(*) Sanitarista. Professor Titular de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Ativista pelo direito à saúde e proteção social (ajudou a fundar e a dirigir o CEBES, a construir a ABRASCO e a Associação Paulista de Saúde Pública), é militante histórico do movimento da Reforma Sanitária e veterano de Conferências de Saúde, nas quais fez quase tudo, desde a 8ª CNS. Participou de dezenas de Conferências, gerais e temáticas, como debatedor, convidado, delegado e membro de comissões organizadoras e de relatoria. Dentre as últimas imprudências cometidas nesse campo, estão ter ajudado a organizar a 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (2006) e assessorado a Comissão de Relatoria da 1ª Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social (2010).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobe 5.000% gasto do governo com remédio via Justiça

Agência Estado

Os valores gastos pelo Ministério da Saúde para cumprir decisões judiciais que determinavam o fornecimento de medicamentos de alto custo aumentaram mais de 5.000% nos últimos seis anos. Foram gastos R$ 2,24 milhões em 2005 contra R$ 132,58 milhões em 2010. Segundo José Miguel do Nascimento Junior, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do ministério, os valores gastos no ano passado representaram 1,8% do total do orçamento destinado ao departamento.
No ano passado, a União foi citada em cerca de 3,4 mil ações judiciais em busca de medicamentos. Em 2009 foram pelo menos 3,2 mil processos do gênero. Na maioria dos casos, a Justiça determinou a entrega de medicamentos de alto custo - usados especialmente no tratamento oncológico ou de doenças raras.
Para o advogado Julius Conforti, que se dedica exclusivamente a ações judiciais na área médica e de saúde desde 2004, a judicialização é o efeito da ausência de medicamentos de ponta na lista das drogas cobertas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "A judicialização da saúde não é um fenômeno que surgiu do nada, sem motivo algum. O grande problema é o déficit da atualização da listagem dos medicamentos de alto custo, especialmente os da área oncológica", diz. "E o governo se preocupa muito em tratar o efeito (as ações) em vez de se preocupar com a causa."
Listagem
Para Conforti, se todos os medicamentos de última geração estivessem incluídos na listagem do SUS os custos seriam mais baixos, já que seria possível fazer compras maiores e negociar preços. "Se a judicialização causa uma desprogramação do orçamento, é preciso pensar em formas de resolver isso."
Nascimento, do Ministério da Saúde, diz que a lista do SUS é atualizada a cada dois anos e contempla vários medicamentos que possuem ações similares àqueles pedidos judicialmente. "O SUS não é uma farmácia privada. Nem mesmo as farmácias têm todos os medicamentos requisitados. Para um remédio ser incorporado à lista, o SUS leva em consideração segurança e custo efetivo. E ainda há muitos medicamentos usados para tratar doenças não descritas na bula."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.