sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ministro da Saúde admite falhas no controle de verbas

Fonte: O Globo

BRASÍLIA - Em mais de três horas de debates na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconheceu nesta terça-feira que é preciso aprimorar os mecanismos de controle do repasse de recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS), citando como exemplo o fato de, 12 anos após ser lançado, o cartão do SUS ainda não ter sido implementado.
- É importante dar esse salto de qualidade no SUS, que faz 22 anos este ano. Nenhum gestor pode ficar satisfeito com os mecanismos de controle que tem. É preciso sempre aprimorá-los. Há 12 anos, lançou-se o cartão SUS, que até hoje não foi possível implementar. Temos que assumir responsabilidade maior. Em outros momentos, gestores não deram conta de fazer.
O ministro, no entanto, detalhou as ações tomadas em sua gestão para garantir maior transparência e rigor. Em entrevista, ele criticou a tentativa do PSDB de criar uma CPI Mista - com deputados e senadores - para apurar desvios de verbas do SUS para estados e municípios e fraudes no cadastro do programa Saúde da Família.
- Todas as iniciativas de fiscalização partiram do Ministério da Saúde. É a melhor forma de se fazer isso. Não se deve partidarizar, politizar, fazer disputa política sobre um tema tão sério.
A audiência teve por base reportagem do GLOBO em que o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, admitiu que o controle das verbas da Saúde é insuficiente, com apenas 2,5% fiscalizadas.

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